A conta de luz do consumidor brasileiro está mais cara a cada mês que se passa. Atualmente, as tarifas de energia elétrica contam com a incidência da bandeira vermelha no patamar 2.
Este indicativo representa uma cobrança extra de R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos. O valor anterior era de R$ 6,24. No entanto, os consumidores brasileiros podem ficar preparados, pois há a possibilidade de um reajuste que aumentará essa tarifa para R$ 11,50.
Diante da crise hídrica que o país vem enfrentando com a escassez de chuvas, a tendência é para haver um aumento constante no valor mensal da conta de luz. Por isso, a alternativa mais viável para tentar driblar essa situação é adotar medidas de economia de energia.
Dados apurados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam um aumento de 2,9% no consumo de energia residencial no período de 12 meses até janeiro de 2021. A conta de luz da Enel Rio e Light passaram pelo reajuste na margem de 4,9% ficando em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, no ranking de tarifas de energia mais caras de todo o Brasil.
O cenário se torna ainda mais grave após tomar consciência de que o valor cobrado se baseia na inflação que está em alta, porém a condição de arcar tranquilamente com esta despesa é afetada pela queda na renda dos trabalhadores brasileiros. Isso porque, o desemprego em massa já atingiu mais de 14 milhões de pessoas.
O desemprego somado às recomendações de distanciamento e isolamento social em virtude da pandemia da Covid-19 resultaram no aumento da permanência dos cidadãos em casa, e consequentemente, no aumento no consumo de energia e no valor cobrado ao fim do mês na conta de luz.
De acordo com o coordenador Clauber Leite, do Programa de Energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as mudanças de hábitos dentro de casa podem diminuir o consumo de energia entre 15% a 30%.
Neste sentido, é importante dizer que o principal item dentro de uma casa que mais consome energia é a geladeira. Ligada continuamente, o eletrodoméstico gera um gasto de 30% do consumo total de energia em uma residência.
Uma prática que pode elevar ainda mais este percentual é o abre e fecha constante e desnecessário da geladeira, hábito que deve ser revisto.
Outro fator agregado ao mesmo produto é o nível de temperatura programado, pois quanto mais alto for, maior será o consumo. Em dias frios, por exemplo, recomenda-se deixar a geladeira no nível médio ou baixo de temperatura.
É importante ter consciência de que geladeiras antigas, aquelas com mais de dez anos de uso, consomem mais energia do que os novos modelos. A média de consumo pode chegar a 45% neste caso. A recomendação é para se atentar à classificação do aparelho apresentada pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que vai de A a F.
Para se ter uma ideia, cerca de 100% das geladeiras comercializadas no Brasil são classificadas na categoria A, embora haja refrigeradores com um consumo na margem de 30% a menos que outros. Por esta razão, é aconselhável sempre verificar a etiqueta além da classificação.
No geral, os principais hábitos que podem ser modificados para economizar na conta de luz, são:
- Evitar tomar banho em horários mais frios para usar a potência menor do chuveiro;
- Não colocar panelas ou outros recipientes quentes na geladeira, pois essa prática aumento o consumo de energia;
- Lavar o maior número de peças de roupa possíveis de uma só vez, para evitar ligar a máquina de lavar várias vezes;
- Não colocar roupas para secar atrás da geladeira;
- Reduzir o uso da secadora de roupas;
- Reunir todas as roupas a serem passadas e começar por aquelas que não precisam do ferro muito quente;
- Reduzir o uso frequente de aquecedores de ambiente;
- Substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED;
- Priorizar a iluminação natural durante o dia;
- Não deixar eletrônicos ligados na tomada constantemente sem necessidade;