Nesta segunda-feira, 19, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez um novo pronunciamento sobre o novo Bolsa Família. Segundo ele, o benefício deve voltar a ser pago em novembro, logo após o término do auxílio emergencial.
Bolsonaro ainda bateu na tecla de que o valor mínimo do Bolsa Família deverá ser de R$ 300. Ressaltando que a equipe técnica do Ministério da Economia já informou que os cofres públicos não possuem recursos para custear a quantia sugerida pelo presidente, e que o valor médio da bolsa irá girar em torno de R$ 250.
Lembrando que o valor original da bolsa mensal do programa de transferência de renda é de R$ 192 em média. Portanto, ao fazer uma comparação com a quantia proposta por Bolsonaro, nota-se que haveria um aumento de 56,25%.
Além do que, nenhuma fonte de financiamento foi indicada para se responsabilizar pelas parcelas de R$ 300.
O novo Bolsa Família foi inserido nas estratégias políticas para a reeleição de Bolsonaro em 2022, mesmo que o programa de transferência de renda tenha sido criado pelo rival declarado, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na verdade, nota-se que é justamente por isso que Bolsonaro focou em reestruturar o programa, para modificá-lo e deixá-lo com “a sua cara”.
Diante de tantas promessas relacionadas ao novo Bolsa Família, o ministro da Cidadania, João Roma, também se manifestou sobre o assunto. Ele contou que também há a intenção de ampliar o número de beneficiários inscritos no novo Bolsa Família.
“Já em novembro, entraremos com um novo programa social do governo, fortalecido e ampliado, para que os brasileiros possam também avançar cada vez mais não só com o suporte do Estado brasileiro para essa situação de vulnerabilidade, mas que ele possa vencer e avançar na sua situação e na sua qualidade de vida”, concluiu o ministro.
No início deste mês, um novo texto da reforma tributária foi enviado para análise no Congresso Nacional. Nele há a sugestão de utilizar a arrecadação proveniente da tributação incidente sobre os lucros e dividendos para financiar o novo Bolsa Família.
No entanto, seria necessário reduzir a alíquota cobrada pelo Imposto de Renda para as empresas de 20% para 15%. Esta estratégia tem sido abordada com o intuito de impulsionar a aprovação da reforma tributária.