Como governo quer bancar cortes no novo Imposto de Renda? Resposta foi liberada

Considerando em especial as empresas, a cobrança do Imposto de Renda em 2022, terá uma diminuição de R$74,1 bilhões e de R$98,1 bilhões em 2023. Em decorrência das alterações apresentadas na última quarta, 14, por Celso Sabino, relator do projeto de reforma tributária.

Como governo quer bancar cortes no novo Imposto de Renda? Resposta foi liberada
Como governo quer bancar cortes no novo Imposto de Renda? Resposta foi liberada (Imagem: Congresso Nacional)

De acordo com o projeto, é previsto uma queda da carga de 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto), ou de R$172,2 bilhões nos próximos dois anos. 

Os cálculos fazem parte da planilha que foi entregue pelo relator aos líderes do Congresso como forma de garantir apoio ao projeto e ao corte de benefícios fiscais de 20 mil empresas. 

A extinção das isenções irá impactar a indústria de cosméticos, perfumaria, higiene pessoal, produtos farmacêuticos, químicos e aeronaves e embarcações, que irão deixar de ter incentivos fiscais para compensar em parte a redução do Imposto de Renda das empresas.

Será retirado também uma parte dos benefícios de PIS/Cofins que são concedidos a termoelétricas na compra de carvão e gás natural.

“Entendemos que esse setor foi amplamente beneficiado com a capitalização da Eletrobrás”, afirmou Sabino.

O relator não retirou os incentivos das gigantes da indústria de bebidas no Norte do Brasil, como Coca-Cola e Ambev, concedido na Zona Franca de Manaus.

Também foram incluídos na lista do fim das isenções do IR os auxílios moradia e transporte de agentes públicos, como políticos e juízes. E ainda, o ganho com o fim dos supersalários, que foi aprovado na terça-feira (13) pela Câmara, mas que ainda necessita do aceite  dos senadores.

Se de um lado Sabino irá retirar os incentivos, ele excluiu do texto a taxação de 15% sobre os rendimentos de fundo de investimentos imobiliários. Esses fundos seguem isentos após uma grande mobilização do setor e da pressão em cima do Congresso e da equipe econômica.

O texto corta R$115 bilhões da arrecadação prevista até o ano de 2023, porém, medidas como redução de subsídios, taxação de dividendos e extinção da dedução com o pagamento de juros sobre capital próprio crescem o recolhimento de tributos em R$ 85 bilhões no mesmo período.