Brasileiro terá maior tarifa de energia dos últimos anos. Nessa terça-feira (29), A Aneel se reuniu para definir as taxações da bandeira vermelha em todo o território nacional. Sob a justificativa de crise hídrica, a população poderá pagar 52% mais caro nas suas contas de luz.
As contas de luz nacionais ficarão mais caras. A Aneel acaba de decidir que estará reajustando as taxações da bandeira vermelha em 52%. Desse modo, a partir de julho, a cobrança da energia sai de R$ 6,24 por 100 kWh consumidos para R$ 9,49 por 100 kWh.
A previsão é de que a bandeira permaneça em alta até o mês de novembro, podendo sofrer reajustes para ficar ainda mais cara ao longo dos próximos meses. Isso implica dizer que durante esse período os brasileiros terão as contas de luz mais caras dos últimos anos.
Justificativa para aumento na conta de luz
Para justificar a decisão, a Aneel informou que o Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 90 anos, diante da redução absurda nos reservatórios das hidrelétricas. Desse modo, foi preciso aumentar as contas de luz para que a população reduzisse o consumo e assim não gerasse um colapso no sistema de distribuição.
O diretor da Aneel, Sandoval Feitosa, informou ainda que não se pode descartar a possibilidade de um novo aumento em 2021. O reajuste será aplicado a depender dos níveis de abastecimento nas usinas.
Como ficam as bandeiras na sua conta de luz?
Na reunião, a Aneel só aplicou reajuste na bandeira mais cara (vermelha). Desse modo, o valor por 100 kWh consumidos ficará:
- Bandeira vermelha patamar 2 – R$ 9,49
- Bandeira vermelha patamar 1 – R$ 4,169
- Bandeira amarela – R$ 1,343
- Bandeira verde – não há cobrança extra.
Possível novo aumento de 84%
A Aneel defendeu ainda que a bandeira vermelha de energia deveria ficar 84% mais cara, resultando em uma taxação de R$ 11,50 por 100 kWh consumidos.
A sugestão, no entanto, não foi acatada, uma vez em que o aumento não daria conta de cobrir os custos adicionais com o acionamento das térmicas.
O diretor geral da Aneel, André Pepitone, informou ainda que há um déficit de R$ 1,5 bilhão nas taxações das bandeiras, sendo em julho um valor ainda maior. Diante de tal situação, a Aneel estará em estado de emergência.