Capital do Amazonas entra em colapso após briga entre facções e a polícia militar. As últimas 24 horas foram de tensão no Norte do país. Após o assassinato de um líder do tráfico, Manaus passou a ser alvo de uma série de ataques, paralisando o funcionamento do transporte público, escolas e mais.

Na última semana, a polícia militar matou o principal chefe de trafego de Manaus. Diante da situação, facções passaram a reagir fervorosamente, tacando fogo em repartições públicas, ônibus e demais espaços.
A ação precisou de intervenção da prefeitura, decretando o fechamento de uma série de serviços.
O que funciona em Manaus?
De acordo com os comunicados oficiais liberados pelos órgãos e repartições locais, o funcionamento do transporte público está suspenso nessa segunda-feira (07).
O Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas), informou que diante da série de coletivos incendiados foi preciso paralisar a frota.
Já a prefeitura determinou que todas as escolas da rede municipal de ensino ficassem de portas fechadas. Além disso, não haverá atendimento presencial na sede da secretaria municipal de Administração, Planejamento e Gestão e em demais órgãos ligados à secretaria municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação.
Nas unidades do CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), a população também deverá aguardar, pois as atividades foram suspensas. Isso implica dizer que haverá um impacto no andamento dos projetos sociais locais.
Diante do atual cenário de pandemia, as unidades básicas de saúde, as clínicas da família e os demais centros de atendimento permanecerão funcionado, mas apenas a partir das 11h desta segunda, o que inclui a vacinação contra Covid-19.
O Tribunal de Contas do Amazonas, que retornaria ao trabalho presencialmente, suspendeu a decisão e se manterá em funcionamento remoto. O mesmo foi adotado pela Assembleia Legislativa. Já a Câmara Municipal paralisou a agenda de atividades parlamentares e administrativas.
Reforço do exército
Com a gravidade da situação o prefeito de Manaus, David Almeida, solicitou que o governo do Estado peça a presença do Exército nas ruas.
“Está mais do que na hora do Exército entrar nas ruas. Não se pode deixar que os marginais tomem conta. O Estado tem que aplicar mão firme, agir com rigor, para que atitudes como essa não aconteça mais na nossa cidade“, disse.
Em resposta, o governo alegou que cerca de 14 pessoas envolvidas na operação já foram detidas e a equipe segue trabalhando para manter a segurança da população.
“Todas as forças de segurança estão em alerta. Nós triplicamos a quantidade de policiais nas ruas e estamos montando barreiras em locais estratégicos”, afirmou o governador Wilson Lima (PSC).