O auxílio emergencial foi o benefício assistencial criado pelo Governo Federal justamente para amenizar os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19. O benefício ganhou uma extensão e duas renovações desde a etapa inicial, uma em 2020 e outra em 2021.
Ainda assim, muitos brasileiros acreditam que não serão capazes de manter a subsistência após o pagamento da quarta e última parcela prevista para ocorrer no próximo mês.
Portanto, mesmo com o valor reduzido, os beneficiários pedem pela continuidade do auxílio emergencial.
No entanto, o pedido não foi bem visto pelo presidente da república, Jair Bolsonaro, que criticou essas pessoas. Ele mencionou que o Brasil é um dos dois países de toda a América Latina que foram capazes de diminuir a pobreza.
E que, segundo Bolsonaro, nenhum outro país criou um projeto nem um pouco parecido com o auxílio emergencial, que ganhou um investimento dez vezes maior que o Bolsa Família no ano passado.
Foi então que Bolsonaro sugeriu que aqueles brasileiros que pedem pela continuação do auxílio emergencial, procurem as instituições bancárias e peçam empréstimos.
“Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo”, disse o presidente declarando estar ciente sobre as dificuldades de quem perdeu emprego, ressaltando que a culpa não é dele.
Bolsonaro e o auxílio emergencial
Bolsonaro é um crítico famoso quanto aos programas de transferência de renda, ainda assim, se popularizou às custas do auxílio emergencial. Porém, a criação do benefício não estava entre as prioridades dele no ano passado.
O apoio dele foi dado somente após deixar o respectivo Projeto de Lei (PL) em longa espera no Congresso Nacional.
Inicialmente, Bolsonaro sugeriu o pagamento de R$ 200, mas após vários trâmites junto aos órgãos competentes, o valor foi elevado para R$ 600, o qual foi pago durante cinco meses em 2020.
De toda forma, Bolsonaro colheu os frutos dessa proposta que intensificou a popularidade dele em relação à população brasileira em situação de vulnerabilidade social.
Em meio a todos os debates relacionados ao auxílio emergencial, nos últimos dias políticos do Centrão sugeriram que Bolsonaro elevasse o valor do benefício para R$ 400. A proposta consiste em uma estratégia política ligada à reeleição presidencial em 2022.
Na oportunidade, os membros do Centrão reforçaram que Bolsonaro “não se ajuda” com os discursos extremistas que sempre adotou durante toda a carreira política, os quais foram evidenciados após tomar posse da presidência da República.
Vale ressaltar que a sugestão também foi dada após Bolsonaro ter uma queda expressiva nas pesquisas referentes à campanha eleitoral do próximo ano.