- Centrão sugere que Bolsonaro aumente o auxílio emergencial para R$ 400;
- Novo valor do benefício visa colocar Bolsonaro em um patamar positivo e reelegê-lo em 2022;
- Bolsonaro fica atrás de Lula nas pesquisas para a campanha presidencial.
Políticos que integram o Centrão sugerem que o presidente da República, Jair Bolsonaro, eleve o valor do auxílio emergencial para R$ 400. A adoção desta medida está diretamente ligada a uma estratégia política para a reeleição em 2022.
A sugestão também foi dada após Bolsonaro ter uma queda expressiva nas pesquisas. O baixo índice de aprovação levou o presidente a intensificar a movimentação na agenda de compromissos oficiais, embora ainda não tenha surtido um efeito positivo até o presente momento.
Em contrapartida, na última pesquisa realizada pelo Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava com 18 pontos à frente de Bolsonaro no primeiro turno.
Estimativas apontam que Lula seria capaz de derrotar o ex-capitão por 55% a 32% dos votos, segundo projeções para o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Na oportunidade, os membros do Centrão ainda afirmaram que Bolsonaro “não se ajuda” ao fazer discursos extremistas com um posicionamento radical.
Ao contrário do que o presidente da República acredita ao passar essa imagem aos brasileiros, essa atitude resulta na perda expressiva de eleitores, desde o mais pragmático, denominado de “antipetista”.
O político se popularizou com a criação do auxílio emergencial, mesmo que seja um crítico famoso quanto a programas sociais como o Bolsa Família. Ainda assim, também mencionou a intenção de recorrer ao tradicional programa de transferência de renda para se reeleger na segunda candidatura.
No caso específico do Bolsa Família, o posicionamento de Bolsonaro é antigo e está relacionado ao fato de que o programa de transferência foi criado na gestão petista pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Lula e todo o partido do PT são oponentes publicamente declarados por Bolsonaro.
Na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2011, Bolsonaro chegou a mencionar que o Bolsa Família levaria o país a uma “ditadura do proletariado”. Foi quando ele propôs colocar fim ao programa ou ao menos fazer uma transição.
“O Bolsa Família nada mais é do que um projeto para tirar dinheiro de quem produz e dá-lo a quem se acomoda, para que use seu título de eleitor e mantenha quem está no poder”, disse Bolsonaro se referindo ao PT na época.
Neste sentido, Bolsonaro tentou por diversas vezes, dar fim ao Bolsa Família, embora não tenha obtido êxito. A proposta era para que houvesse a substituição por novos programas, denominados de Renda Brasil e Renda Cidadã, os quais não foram bem vistos pelos políticas de cada casa da esfera federal.
Foi então que ele concentrou os esforços em dar continuidade ao auxílio emergencial, que já passou por algumas renovações. A última deliberou a oferta de R$ 150, R$ 250 e R$ 375 durante quatro meses em 2021.
É válido lembrar que mesmo que Bolsonaro tenha se popularizado às custas do auxílio emergencial, o presidente não se preocupou em se esforçar para disponibilizar um recurso aos mais vulneráveis durante a pandemia. Após demorar para enviar uma proposta sobre o benefício ao Congresso Nacional, ele sugeriu a oferta da quantia mínima de R$ 200.
Após vários trâmites nos órgãos competentes, o valor do auxílio emergencial foi elevado para R$ 600, o qual foi ofertado durante cinco meses em 2020. Ainda assim, Bolsonaro colheu os frutos dessa proposta que o tornou popular junto à população em situação de vulnerabilidade social.
Auxílio emergencial em 2021
Nos últimos dias, a Caixa Econômica Federal (CEF), já concluiu o pagamento da segunda parcela do benefício, e agora, liberou os saques e transferências de maneira gradativa, de acordo com o mês de nascimento do beneficiário.
Vale ressaltar que o auxílio emergencial de 2021 é destinado aos desempregados e trabalhadores autônomos que compõem o grupo geral, bem como os inscritos no Bolsa Família. Veja quando serão os próximos depósitos.
Calendário de depósito do auxílio emergencial 2021
Nascidos em | Parcela 1 | Parcela 2 | Parcela 3 | Parcela 4 |
Janeiro | 6 de abril | 16 de maio | 20 junho | 23 de julho |
Fevereiro | 9 de abril | 18 de maio | 23 de junho | 25 de julho |
Março | 11 de abril | 19 de maio | 25 de junho | 28 de julho |
Abril | 13 de abril | 20 de maio | 27 de junho | 1º de agosto |
Maio | 15 de abril | 21 de maio | 30 de junho | 3 de agosto |
Junho | 18 de abril | 22 de maio | 4 de julho | 5 de agosto |
Junho | 20 de abril | 23 de maio | 6 de julho | 8 de agosto |
Agosto | 22 de abril | 25 de maio | 9 de julho | 11 de agosto |
Setembro | 25 de abril | 26 de maio | 11 de julho | 15 de agosto |
Outubro | 27 de abril | 27 de maio | 11 de julho | 18 de agosto |
Novembro | 28 de abril | 28 de maio | 14 de julho | 20 de agosto |
Dezembro | 29 de abril | 30 de maio | 21 de julho | 22 de agosto |
Calendário de saques e transferências do auxílio emergencial
Nascidos em | Parcela 1 | Parcela 2 | Parcela 3 | Parcela 4 |
Janeiro | 30 de abril | 31 de maio | 13 de julho | 13 de agosto |
Fevereiro | 3 de maio | 1º de junho | 15 de julho | 17 de agosto |
Março | 4 de maio | 2 de junho | 16 de julho | 19 de agosto |
Abril | 5 de maio | 4 de junho | 20 de julho | 23 de agosto |
Maio | 6 de maio | 8 de junho | 22 de julho | 25 de agosto |
Junho | 7 de maio | 9 de junho | 27 de julho | 27 de agosto |
Julho | 10 de maio | 10 de junho | 29 de julho | 30 de agosto |
Agosto | 11 de maio | 11 de junho | 30 de julho | 1º de setembro |
Setembro | 12 de maio | 11 de junho | 4 de agosto | 3 de setembro |
Outubro | 13 de maio | 15 de junho | 6 de agosto | 6 de setembro |
Novembro | 14 de maio | 16 de junho | 10 de agosto | 8 de setembro |
Dezembro | 17 de maio | 17 de junho | 12 de agosto | 10 de setembro |
Calendário do auxílio emergencial para o Bolsa Família
Dígito final do NIS | Parcela 1 | Parcela 2 | Parcela 3 | Parcela 4 |
NIS final 1 | 16 de abril | 18 de maio | 17 de junho | 19 de julho |
NIS final 2 | 19 de abril | 19 de maio | 17 de junho | 19 de julho |
NIS final 3 | 20 de abril | 20 de maio | 21 de junho | 21 de julho |
NIS final 4 | 22 de abril | 21 de maio | 22 de junho | 22 de julho |
NIS final 5 | 23 de abril | 24 de maio | 23 de junho | 23 de julho |
NIS final 6 | 26 de abril | 25 de maio | 24 de junho | 26 de julho |
NIS final 7 | 27 de abril | 26 de maio | 25 de junho | 27 de julho |
NIS final 8 | 28 de abril | 27 de maio | 28 de junho | 28 de julho |
NIS final 9 | 29 de abril | 28 de maio | 29 de junho | 29 de julho |
NIS final 0 | 30 de abril | 31 de maio | 30 de junho | 30 de julho |