O Governo Federal tem sentido a pressão do Congresso Nacional quanto ao auxílio emergencial e o Bolsa Família. Por isso, há especulações sobre uma possível prorrogação e adiamento dos benefícios, respectivamente.
A intenção é prorrogar o auxílio emergencial por mais alguns meses enquanto se coloca a reformulação do Bolsa Família em espera até o fim do ano. A proposta surgiu em virtude de uma terceira onda da Covid-19, que continua impactando, sobretudo, a população em situação de pobreza através do desemprego em massa.
A sugestão do Ministério da Cidadania é adiar os trâmites quanto ao novo Bolsa Família, devido à incerteza de conseguir elaborar e efetivar um modelo ideal a ser ofertado aos brasileiros.
Sendo assim, com o intuito de evitar um vácuo entre o fim do auxílio emergencial e o novo Bolsa Família, deixando essa parcela da população desamparada, o auxílio pode ser estendido.
A justificativa apresentada é de que o auxílio emergencial atinge uma quantidade maior de brasileiros. São 39,1 milhões de beneficiários do respectivo benefício contra 14,69 milhões de inscritos no programa de transferência de renda, Bolsa Família.
Atualmente, o auxílio emergencial disponibiliza um valor médio de R$ 250 para os chefes de família. Enquanto isso, pessoas que moram sozinhas recebem a quantia mínima de R$ 150, deixando o valor máximo de R$ 375 para as mães solteiras chefes de família monoparental
Mesmo com as três propostas de valores no auxílio emergencial, a oferta se sobrepõe à média paga pelo Bolsa Família, que é de R$ 190. Essa substituição pode ser concluída se o cenário econômico do Brasil não apresentar melhorias nos próximos meses.
Vale ressaltar que o Bolsa Família consiste em uma das estratégias propostas pelo Governo Federal com o objetivo de reverter a desconfortável situação vinculada à CPI da Covid-19.
Efeitos da pandemia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, por sua vez, foi implementada pelo Senado Federal e visa averiguar possíveis falhas cometidas pelo governo no enfrentamento à pandemia.
O início das investigações foi determinado no início do mês de abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF), logo após senadores apresentarem um mandado de segurança à Corte.
O argumento apresentado foi de que a presidência da Casa ignorava o requerimento de instalação da CPI mesmo em respeito aos critérios formais. O pedido inicial foi feito em fevereiro pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O político alegou que a demora esta vinculada à busca pelo “momento adequado” para dar seguimento à investigação devido ao agravo no cenário da pandemia da Covid-19″.