Uma pesquisa publicada pelo microbiologista John McConnell, apontou que a vacinação da Covid-19 em adultos sem comorbidades deve ser concluída somente no ano de 2023. Para ele, a estimativa está relacionada ao ritmo da vacinação contra a doença a nível mundial.
No caso específico do Brasil, o microbiologista entendeu que o país precisa se mobilizar para combinar duas estratégias distintas. A ação consiste na aceleração da campanha de vacinação em conjunto com medidas preventivas que devem ser reforçadas, e devidamente respeitadas pela população brasileira.
“As duas ações precisam andar de mãos dadas. Depender inteiramente da vacina significa que o progresso será lento. Precisamos proteger as pessoas por meio de intervenções não farmacológicas, dando-as a oportunidade de serem vacinadas no futuro”, ponderou John McConnell.
Questionado sobre a agilidade de cientistas por todo o mundo perante a criação de vacinas contra a Covid-19 em menos de um ano, ele disse acreditar que este é o resultado da evolução tecnológica. Ao mencionar uma série de técnicas aplicadas na criação dos imunizantes, ele lembrou que é o resultado de quase 30 anos de trabalhos em produtos similares.
Portanto, mesmo que as vacinas tenham sido criadas em pouco tempo, tanto ao olhar dos leigos quanto de especialistas, o método utilizado consiste em um conhecimento pré-existente que já passou por vários testes. Desta forma, se tratam de compostos com eficácia comprovada capazes de auxiliar na aceleração da vacinação da Covid-19 no Brasil e no mundo.
Vacinação no Brasil
Ao analisar a campanha de vacinação da Covid-19 no Brasil que tem seguido em ritmo lento, o microbiologista declarou que uma alternativa viável pode ser a de combinar a distribuição ampla e rápida do imunizante.
No entanto, é preciso que os cidadãos brasileiros façam a sua parte ao respeitar as medidas de distanciamento físico e de higiene.
Mesmo que as vacinas aplicadas atualmente tenham se mostrado eficazes contra a variante P.1, reduzindo consideravelmente o número de casos de Covid-19 no Brasil, é preciso ressaltar que o problema não será resolvido exclusivamente com a vacinação da Covid-19.
“Precisamos proteger as pessoas por meio de intervenções não farmacológicas, dando-as a oportunidade de serem vacinadas no futuro”, explicou.
A vacinação da Covid-19 no Brasil em parte tem seguido conforme o esperado. Atualmente Estados e municípios brasileiros já concluíram a imunização do grupo prioritário, e têm se concentrado na aplicação das vacinas em pessoas com comorbidades. Posteriormente, será a vez dos demais adultos com idade a partir de 18 anos.