Em audiência realizada nesta terça-feira, 11, o ministro Paulo Guedes, disse que muitos cidadãos tornam-se grandes militantes políticos por meio do ingresso de concursos públicos. Dito isso, a proposta do ministro é avançar com a reforma administrativa, onde acaba com às estabilidades dos novos servidores públicos.
Suspensão de concursos
Aconteceu na última terça-feira, 11, uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Essa audiência foi comandada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.
O objetivo desse encontro foi analisar a reforma administrativa, que encontra-se no Congresso desde setembro de 2020.
O ministro irá seguir com a reforma, pois, um dos grandes motivos é separar a política da economia, na qual encontra-se os maiores escândalos do governo brasileiro.
“Quanto mais influência política o equipamento econômico tiver, maior o desafio da corrupção. Não pode quem controla o poder político também controlar o poder econômico. Essa degeneração das práticas vem da mistura de política com economia”, disse o ministro.
Além disso, um outro grande motivo é acabar com a estabilidade dos novos servidores, mantendo apenas as dos antigos.
Isso será feito porque muitos cidadãos têm usado os concursos públicos, como meio de ingresso ao estado, para serem como os militantes políticos já existentes.
Reforma Administrativa
A reforma administrativa mantém a realização de concurso público, todavia, foco maior será a contratação por meio de processos seletivos simplificados.
Além do mais, os salários serão compatíveis aos das instituições privadas e os servidores, aumentarão sua estabilidade com base dos resultados das suas prestações de trabalho.
Podemos notar à baixa realização de concursos públicos desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Esse não tem sido e não será o foco do governo, pois como Paulo Guedes afirmou:
“Poderíamos, assim como outros governos, estar abrindo concursos públicos, colocando gente para dentro, para aparelhar o Estado e ter bastantes militantes trabalhando para nós no futuro. Não estamos pensando assim, estamos pensando nas gerações futuras.”
Caso a reforma seja aprovada, às regras para magistrados, parlamentares, militares e membros do Ministério Público serão as únicas que não serão modificadas.