O Sindicato de Metroviários de São Paulo está preparando uma greve para a próxima quarta-feira (12). Está sendo reivindicado reajuste salarial e reajustes no cálculo de direitos. Se a paralisação acontecer, quatro linhas na capital paulista serão afetadas.
A greve marcada para amanhã irá afetar as linhas públicas do metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha) e de monotrilho (15-Prata). Os trabalhadores reivindicam um aumento em cerca de 10% e reajustes de direitos.
O valor estimado para o aumento é com base na inflação acumulada dos últimos 24 meses, já que não houve reajuste nesse período. Sendo assim, há dois anos, 2019 e 2020, esses trabalhadores continuam recebendo o mesmo valor, ficando abaixo da inflação.
A categoria pede um reajuste salarial de 9,72%, de 29% como reposição de Vale Refeição e de 29% no Vale Alimentação referentes aos anos de 2019 e 2020. Além disso, é solicitado o pagamento da Participação dos Resultados dos últimos dois anos, que não foram feitas.
Na campanha de incentivo a participação da greve, o sindicato informa que os funcionários foram informados que haverá mais perda e reduções de direitos. Além disso, lembrou que esses trabalhadores não pararam durante a pandemia e que acumulam mais de 25 mortes por conta do Coronavírus.
Porém, nesta terça-feira (11), o Sindicato de Metroviários de São Paulo terão uma reunião com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) para discutir sobre os pedidos. Após isso, acontecerá votação dos trabalhadores para decidir sobre a greve em uma assembleia online.
De acordo com o coordenador geral do sindicato, Wagner Fajardo, as negociações com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos foram interrompidas e não há indícios de um reajuste. Por esse motivo, a posição dos trabalhadores, segundo ele, é aderir à greve por tempo indeterminado.
A expectativa é que todos os funcionários do Metrô de São Paulo participem da greve amanhã. Dessa maneira, contará com 7.200 trabalhadores que atuam nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Até o momento, a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos não se manifestaram. O sindicato de Metroviários de São Paulo pede respeito aos direitos desses trabalhadores e o cumprimento do mínimo definido por lei.