O país enfrenta a mais de um ano a pandemia do coronavírus e quatro em cada dez brasileiros relataram queda de renda, enquanto para a metade, os gastos aumentaram. Esses dados foram divulgados pelo levantamento realizado pela Serasa em parceria com a Opinion Box. Saiba os detalhes.
O levantamento mostrou que, 46% dos entrevistados estavam conseguindo arcar com suas despesas no prazo, revelando uma queda de 5 pontos percentuais em comparação com fevereiro do ano passado.
Outros 36% tiveram que dar prioridade as contas que poderiam ser pagas dentro do prazo, um crescimento de 7 pontos percentuais em relação a 2020. Para 51% dos brasileiros, pagar as contas no prazo só foi possível após um corte de despesas dispensáveis.
O levantamento teve a participação de 2.059 pessoas e foi feito entre os dias 11 e 22 de fevereiro de 2021. A finalidade da pesquisa foi a de analisar os impactos econômicos decorrentes da pandemia nas finanças das famílias, como o endividamento em meio a alta do desemprego e retração econômica.
Os entrevistados relataram também que mudaram sua relação com o dinheiro. 71% afirmaram dar mais valor a reserva de dinheiro, 64% agora cuidam melhor do dinheiro e 54% analisaram que possuíam gastos desnecessários.
Em comparação com o período anterior a pandemia, 50% das pessoas entrevistadas tinham reserva financeira, e agora são 47%.
Mesmo que o número tenha permanecido próximo, a quantia reservada diminuiu para 44% dos entrevistados, o que significa que ela foi utilizada para pagar contas durante a pandemia.
Os brasileiros que precisaram atrasar o pagamento de algum conta, relataram que priorizaram as contas básicas e o aluguel. A razão desta prioridade é a importância que as pessoas acreditam que elas possuem.
Na liderança da lista de pagamentos se encontram assinatura de serviços de streaming, telefonia (celular, telefone e internet) e cartão de crédito. Na sequência aparecem os planos de saúde e as contas básicas.
A maior porcentagem de atraso ficam para o cheque especial e os empréstimos tomados de amigos, conhecidos ou de membros da família.
O levantamento revelou também que alguns perfis foram mais prejudicados pelos efeitos da pandemia. As mulheres e brasileiros das classes C, D e E sofreram mais com a crise tanto na questão financeira quanto emocional.