Nesta segunda-feira (5), a LG anunciou que encerrará a produção de celulares. Por conta desta decisão, a fábrica sul-coreana em Taubaté, no interior de São Paulo, deve ser diretamente afetada. O anúncio do fim da produção de celulares da LG no Brasil pode colocar em risco 830 empregos.
Diante deste anúncio global, a LG passa a ser a primeira grande empresa produtora de celulares a sair do mercado. A área passava por problemas de déficits. Por isso, estava à venda, mas não encontrou um comprador.
Esta decisão define o encerramento dos negócios em telefonia móvel em todo o mundo. Em comunicado, a empresa prevê que o desligamento das unidades de produção de smartphone aconteça até dia 31 de julho. A ação foi aprovada pelo conselho de diretores.
Impactado local com o fim da produção de celulares da LG no Brasil
A fábrica da LG em Taubaté, em São Paulo, é a única da companhia no Brasil voltada para a produção de smartphones. Esta unidade possui cerca de 1 mil funcionários. Desse total, 400 trabalham na área de celulares. A fábrica também produz monitores, mas não deve ser afetada pela decisão.
Além desta unidade em Taubaté, outras três fábricas na região poderão ser afetadas pela decisão da empresa global de tecnologia. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, há outros 430 funcionários de três fábricas terceirizadas exclusivas da LG.
As fábricas Blue Tech e 3C, em Caçapava, e Sun Tech, em São José dos Campos, possuem toda a produção e o maquinário voltados para o atendimento da empresa sul-coreana. Cerca de 90% dos trabalhadores dessas três empresas são mulheres.
A partir desta terça-feira (6), os trabalhadores das três terceirizadas da LG devem entrar em greve, segundo o sindicato.
Em nota, a LG do Brasil afirma que negocia compensação adicional aos trabalhadores. Além disso, a empresa indica buscar oferecer os direitos previstos em lei. A empresa ainda alega que não descarta outras opções, como de realocação, transferência ou rescisão.
De acordo com a Euromonitor, a LG tem uma fatia de participação de 7,2% em tamanho de mercado no Brasil. A empresa ocupa a quinta posição nacional em volume de vendas.