O Estado de São Paulo deve permanecer na fase emergencial por mais um tempo. É o que o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo deu a entender em uma entrevista concedida na manhã de hoje, 5, à TV Globo.
Nesta entrevista, o coordenador falou sobre a diminuição no número de internações e também de casos de covid-19. Porém, ressaltou que o estado ainda enfrenta a pior fase da pandemia, registrando elevado número de óbitos.
Neste momento, o estado está na fase emergencial do Plano São Paulo. Nesta etapa, todos os serviços não essenciais não podem abrir e há restrição de pessoas a partir das 20h.
Ao ser questionado a respeito de uma flexibilização, Gabbardo disse que a decisão será tomada pelo comitê de especialistas, porém destacou que os números não são tão bons para trazer mudanças significativas.
“Isso vai ser decidido durante esta semana pelo comitê, mas a tendência é que nós não tenhamos muitas condições para flexibilização. Os números não são números que nos deem algum otimismo em relação à possibilidade de flexibilizar ou sair da fase vermelha (…) Infelizmente, dados apontam para necessidade de manutenção da fase vermelha”, explicou.
Na fase vermelha do Plano SP, somente os serviços essenciais, como farmácias e supermercados, podem funcionar. Mesmo para estes serviços existem restrições, como capacidade de atendimento reduzida.
O coordenador afirmou que o governo do estado aplicou todas as medidas possíveis para evitar um colapso, como a abertura de novos leitos. A taxa de ocupação de leitos de UTI, segundo ele, está em 91%.
“Antes de baixar para 80% é muito difícil que nós tenhamos condições de fazer alguma flexibilização, hoje estamos com 91% de ocupação dos leitos de UTI. Temos desafio muito grande que é reduzir pelo menos mais 10 pontos, ter 80% de ocupação, que seria razoável para pensar em alguma flexibilização.”
Por fim, Gabbardo disse acreditar que a tendência no estado de São Paulo seja de melhora nos próximos meses.
Na tarde desta segunda-feira (5), após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, fica mantida a proibição de cultos e missas no estado de São Paulo.
A decisão, embora seja a mesma do governo do estado de São Paulo, vai a contra a ordem de Nunes Marques, também ministro do STF. Marques havia decretado que todos as cidades e estados permitissem o retorno dessas atividades religiosas de forma presencial.
Por conta disso, vários estados acataram a decisão, como é o caso do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.