Greve dos caminhoneiros NÃO avança e entidades desistem dos protestos

A greve dos caminhoneiros prevista para este ano, similar a de 2018, não vai acontecer. Entidades que representam os caminhoneiros já estavam em conflito de opiniões há cerca de uma semana. Na quarta-feira (3), outras entidades também se retiraram da mobilização.

Greve dos caminhoneiros NÃO avança e entidades desistem dos protestos
Greve dos caminhoneiros NÃO avança e entidades desistem dos protestos (Imagem: Reprodução / Google)

Na terça-feira (2), a ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), a primeira entidade a convocar a greve, foi uma das entidades que se colocou fora da mobilização.

“Agora vamos nos reagrupar, reorganizar, para só então decidir. Vamos definir uma nova data e nova estratégia”, disse o presidente José Roberto Stringasci na ocasião. Segundo ele, a decisão foi tomada sob pressão do governo federal. Defendeu ainda que a mobilização não era um movimento partidário.

No dia seguinte, o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte de Cargas) e a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) também anunciaram a saída.

Por meio de nota, o presidente do conselho, Plínio Dias agradeceu aos motoristas que participaram da greve e salientou o enfraquecimento da categoria por parte dos caminhoneiros que ficaram em casa.

Segundo a Folha, entre as exigências dos caminhoneiros que iniciaram a movimentação sobre uma possível greve, estavam:

  • “Necessidade de um marco regulatório do transporte;
  • Regulamentação da jornada de trabalho para funcionários de do setor;
  • Falta de fiscalização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para o cumprimento do piso do frete;
  • Redução dos preços do óleo diesel;
  • Mudança nas regras para a aposentadoria de motoristas – somente os que conduzem material inflamável conseguem enquadramento especial junto ao INSS.”

Mesmo não havendo adesão de todas as categorias à greve, uma paralisação em menor proporção teria acontecido nos primeiros dias de janeiro, segundo o conselho. Na estimativa divulgada, teriam sido pelo menos 70 mil caminhões parados nas estradas, impedindo a carga e descarga de itens.

Por meio de nota, em parceria com a CNT (Confederação Nacional do Transporte), o conselho afirmou ainda que “continuarão na luta para que os destinatários da pauta de reivindicações respondam à categoria a fim de garantir uma agenda de discussões com garantia participativa.”

O presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a decisão até às 10h desta quinta-feira (4).

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