FIM do auxílio emergencial incluí 20 MILHÕES de pessoas na linha da pobreza

Cerca de 10% a 15% da população brasileira vai viver com menos de R$155 por mês neste mês de janeiro, após 5 meses do país ter alcançado sua mínima histórica de 2,3% de acordo com estudos feitos por economistas. Por conta da pandemia, a opção seria pagar um valor menor para menos pessoas. Isso só foi possível por conta do pagamento do auxílio emergencial.

FIM do auxílio emergencial incluí 20 MILHÕES de pessoas na linha da pobreza
FIM do auxílio emergencial incluí 20 MILHÕES de pessoas na linha da pobreza (Imagem: Ministério da Cidadania)

Com o fim do pagamento do auxílio emergencial, enquanto a economia ainda não se recuperou e o número de casos e mortes por covid em alta, deve elevar a porcentagem de brasileiros que vivem em extrema pobreza, com renda per capita menor que R$155 ao mês.

A porcentagem de 10 a 15% representa cerca de  21 milhões e 31 milhões de pessoas.

O valor é de duas a três vezes maior que o último dado disponível, que era no mês de novembro, quando o pagamento do auxílio tinha sido cortado pela metade e 5% da população, ou seja, 10,7 brasileiros viviam em condição de escassez extrema. 

Esses números foram calculados  pelo economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Essa evolução fica ainda mais dramática se for comparada com a taxa de pobreza extrema de agosto do ano passado, quando foi registrado o menor do país, com 2,3% da população vivendo nessa situação, ou seja, 4,8 milhões de pessoas.

Após 5 meses, o país voltou a ter uma taxa de pobreza extrema comparável à do período de 2006 a 2010, de acordo com os cálculos de Duque.

O auxílio emergencial foi pago para 68 milhões de pessoas, um terço dos brasileiros.

O governo pagou R$ 600 por mês ou R$ 1,2 mil por mês para mães chefes de família, entre os meses de abril a setembro, e metade do valor de outubro a dezembro. 

Isso teve um custo de R$ 320 bilhões ou 4,4% do PIB de 2019, uma despesa que só foi possível por conta do Orçamento de Guerra que foi aprovado para combater a pandemia e liberou o governo para gastar acima do que o Orçamento e o teto de gastos permitiam para o ano de 2020.

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