Safra do feijão e arroz será diminuída; brasileiros precisam se preocupar?

Nesta quarta-feira (13), a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) apontou que a safra do feijão e arroz deve diminuir. Essa expectativa se refere à safra 2020/2021. Ao mesmo passo, também há a projeção que o consumo pela população siga em queda.

Safra do feijão e arroz será diminuída; brasileiros precisam se preocupar?
Safra do feijão e arroz será diminuída; brasileiros precisam se preocupar? (Imagem: Antonio Cruz/ABr)

A Conab projeta que o feijão tenha uma redução de 2,4% na produção, no total de 3,1 milhões de toneladas. Com relação ao consumo, a expectativa está em queda de 3,2%, a 3 milhões de toneladas.

No caso do arroz, a estimativa de queda na produção é ainda maior, de 2,5%, comparado à safra anterior. A colheita está prevista em 10,9 milhões de toneladas. O consumo indicado pela Companhia é de 10,8 milhões de toneladas. A redução seria de 1,8% nas compras.

Para esses dois grãos, a estimativa de consumo pela população se mantém menor que a produção prevista na safra 2020/2021.

Apesar da projeção de diminuição na produção do feijão e arroz, a Conab espera que a safra total de grãos chegue a 264,8 milhões de toneladas. Esse número representa uma alta de 3,1%, comparado à safra de 2019/2020.

A soja tem sido o principal grão presente na safra total, com 133,7 milhões de toneladas. O milho também representa parte considerável da produção, com 102,3 milhões de toneladas.

Alta no preço do feijão e arroz

Entre os possíveis motivos para a estimativa de redução no consumo do arroz e feijão, está o aumento de preço desses alimentos.

De acordo com os dados da inflação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), arroz teve alta de 76,01% e o feijão fradinho aumento de 68,08% em 2020.

Esses dois alimentos estiveram entre os três com maiores aumentos de preço. O principal item na lista foi o óleo de soja, com alta de 103,79%. Apesar da alta considerável no ano passado, os preços podem ter aumentos menores neste ano.

Levantamentos da FGV têm demonstrado que os preços no atacado apresentaram resultados mais atenuados. Na primeira prévia de dezembro, o quilo do arroz, por exemplo, teve queda de 2,5%. Esse resultado pode ser um indicativo que o preço chegou ao pico e subirão menos.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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