Auxílio emergencial vira alvo na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Nas últimas semanas, os parlamentares passaram a reforçar suas articulações para definir o novo chefe da casa. Após lançar sua candidatura, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), afirmou ter o interesse de votar em defesa a permanência do coronavoucher.

Manter ou não o auxílio emergencial é uma questão que depende não só do presidente Jair Bolsonaro, mas também de toda a equipe de parlamentares.
Os deputados têm como uma de suas atividades avaliar a implementação de projetos em nível federal. Com a presidência da Câmara em andamento, a pauta voltou a ser debatida.
Possível novo presidente quer manter o auxílio emergencial
Com o lançamento de sua candidatura, o parlamentar Baleia Rossi (MDB-SP) informou ter o interesse de manter o auxílio emergencial ao longo de 2021.
Ele afirma que a decisão deve ser considerada assunto central na câmara, tendo em vista que deve resultar no fim da fome para milhares de brasileiros.
“É importante voltarmos a debater a nossa pauta, votando reformas importantes. E voltar a debater o auxílio emergencial. A pandemia não acabou, e milhões deixarão de receber o benefício. Entendo que temos de buscar uma solução: ou aumentando o Bolsa Família ou buscando, de novo, o auxílio emergencial aos mais vulneráveis”, afirmou eu seu discurso de lançamento de campanha.
O gestor reforçou ainda que deverá atuar fortemente na fiscalização dos poderes executivos e legislativos, pontuando o interesse de priorizar a ciência na resolução do combate ao novo coronavírus.
“Nós temos o dever de fiscalizar e acompanhar as ações do Executivo. Exatamente por isso, a Câmara dos Deputados não pode ser submissa. Se for submissa, não fiscaliza e não acompanha”, avaliou.
Sobre as eleições na Câmara dos Deputados
A candidatura de Rossi traz consigo cerca de 260 ao seu favor, uma vez que é coligado com o os partidos MDB, PT, PSL, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede. Para ser eleito, ele deverá ter 257 votos no dia 1 de fevereiro, data selecionada para o fim das eleições.
Sob a pluralidade de partidos ao seu lado, Rossi pontuou que tais diferenças ideológicas fazem parte do processo de consolidação da democracia nacional, considerada por ele ameaçada.
“Vivemos um momento histórico, sim, e vale esse registro porque, desde a redemocratização do nosso país, nós não tínhamos um movimento de união de partidos que pensasse diferente formando uma frente ampla”, frisou.