O governo aumentou de 90 para 270 dias o período para os beneficiários do Bolsa Família sacarem os recursos já depositados do Auxílio Emergencial residual. A portaria foi publicada hoje, 30, do Diário Oficial.
Este prazo a mais para o uso dos recursos do auxílio é válido até o fim da vigência do estado de emergência em saúde pública, que segue sem um término definido.
No mês de julho, uma portaria já havia aumentado para 270 dias o período para o saque do próprio Bolsa Família (Não dos recursos do auxílio para estas pessoas), válida até o fim do estado de calamidade pública que termina amanhã, 31.
O prazo normal para o saque dos recursos do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial é de 90 dias. Caso o saque não seja feito neste prazo, os recursos retornam para os cofres do governo.
Importante ressaltar que esse prazo permanece válido para os beneficiários do auxilio emergencial que não fazem parte do Bolsa Família.
A última parcela do auxílio emergencial foi paga ontem, 29, pelo governo. A ampliação no prazo de resgate foi justificada como uma maneira de se evitar aglomerações de pessoas em meio a pandemia do coronavírus.
Pagamentos do Bolsa Família através da Conta Social
A partir deste mês, os valores do Bolsa Família serão depositados na conta poupança digital da Caixa. Os beneficiários que possuem o NIS com final 9 e 0 serão os primeiros a receber desta forma.
Os recursos serão movimentados através do aplicativo Caixa Tem que foi criado inicialmente para o pagamento das parcelas do Auxílio Emergencial em meio a pandemia do coronavírus. O saque do FGTS emergencial foi o segundo serviço a ser disponibilizado no aplicativo.
O Ministério da Cidadania diz que esta iniciativa será a “maior inclusão bancária da historia do Bolsa Família”. Segundo os dados da pasta, cerca de 9 milhões de beneficiários do programa social não possuem conta em banco.
Porém o governo assegura que esta nova forma de pagamento não vai extinguir o saque do benefício com o Cartão Cidadão ou Cartão do Bolsa Família.
“Os beneficiários podem ficar tranquilos, pois a mudança será gradual e todos poderão continuar recebendo da mesma forma que recebiam antes”, diz, Fabiana Rodopoulos, secretária nacional de Renda e Cidadania do ministério.