Depois deste ano em que o Brasil foi assolado pela pandemia causada pelo novo coronavírus, tendo como uma das consequências o fechamento das escolas e as mensalidades reduzidas. As instituições estão com as matrículas abertas para o próximo ano. Mas, já anunciaram acréscimo para a mensalidade escolar de 2021.
Os reajustes devem chegar a 5% acima da inflação que foi projetada pelo mercado para atingir 3,45% neste ano de 2020.
As incertezas da retomada integral do ensino presencial e a crise econômica tem impactado o planejamento financeiro das famílias e das instituições.
As escolas precisam investir em tecnologia para que assim consigam oferecer o ensino a distância para os alunos. E em infraestrutura para que possam atender às exigências sanitárias necessárias para poder reabrir.
Além disso, há a necessidade de reajuste para funcionários e professores que neste ano acabaram não tendo aumento salarial.
Muitas famílias perderam renda, ou seja, os pais tiveram os seus contratos suspensos pela empresa, salário reduzido ou até perderam o seu emprego.
No Rio, uma parte das escolas decidiu realizar o reajuste no valor das mensalidades, fazendo com que os pais tentem uma negociação para o abatimento do valor.
Matrículas
A corretora Denise Nobre, avaliou que o aumento de cerca de 2,69% que foi anunciado pela escola em que sua filha estuda é injusto. Ela concedeu entrevista ao jornal O Globo.
Denise perdeu a renda por conta do novo coronavírus, e apontou que o custo para as famílias com a educação também teve aumento, já que é necessário equipamentos para as crianças assistirem as aulas e recursos para que as atividades sejam impressas.
“Esperávamos uma redução na mensalidade ou, pelo menos, a manutenção do valor. Afinal, o custo continua todo com a gente”, disse.
Algumas instituições decidiram manter o valor da mensalidade no próximo ano. O Colégio Cruzeiro, no Centro do Rio de Janeiro e a Escola Oga Mitá, que possui unidades na Tijuca e na Vila Isabel, decidiram oferecer desconto para os alunos na mensalidade por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Segundo o diretor da Oga Mitá, Aristeo Leite Filho, informou que a manutenção do valor foi decidida em uma reunião com pais, funcionários e professores.
“É uma conjugação das necessidades dos alunos e das possibilidades da escola. Educação é um processo coletivo, e é necessário que pais e escola dialoguem”, disse.