Minha Casa Minha Vida poderá manter regras atuais após pressão dos opositores

Governo poderá manter atuais regras no Minha Casa Minha Vida em seu novo programa habitacional. Nessa semana, uma reportagem especial do Valor Econômico informou que das 547 emendas elaboradas para a consolidação do Casa Verde e Amarela, 68% foram apresentadas pelo PT e pelo Psol com a finalidade de não modificar as normas já em vigor.

Minha Casa Minha Vida poderá manter regras atuais após pressão dos opositores (Imagem: Reprodução/Google)
Minha Casa Minha Vida poderá manter regras atuais após pressão dos opositores (Imagem: Reprodução/Google)

O Minha Casa Minha Vida está prestes a ser substituído pelo Casa Verde e Amarela. No entanto, é preciso ainda que o texto do novo projeto seja finalizado pelos representantes públicos.

A versão final da proposta já foi entregue aos parlamentares e deverá ser votada até 2 de fevereiro de 2021.

Na nova pauta, entretanto, a oposição garantiu que o ministério não alterasse as regras de concessão que já eram aplicadas dentro do MCMV. A justificativa de manter a avaliação se deu mediante ao processo de transição para quem ficará entre ambos os programas.

Segundo a oposição, ao criar novas leis de acesso ao projeto o governo estaria excluindo aqueles que já fazem parte do MCMV. Há milhares de brasileiros nas filas de espera para ter acesso aos imóveis ou pagando já as parcelas do financiamento.

Atual gestão deverá derrubar as propostas

Mesmo com uma representatividade inferior entre os gestores, o Ministério do Desenvolvimento Regional não descarta a possibilidade de cancelar as medidas já entregues.

Segundo Rogério Marinho, atual líder do setor, a decisão de manter as regras está sendo motivada por questões políticas e não sociais.

Obviamente, a oposição está querendo trazer para dentro da MP tudo aquilo que estava previsto no MCMV e ficou de fora”, afirmou.

De acordo com ele será necessário reformular a pauta para garantir sua eficácia. Marinho explicou ainda que atualmente há um grande déficit dentro do MCMV e que este deve ser corrigido mediante a implementação de novas propostas.

Como é notório, o modelo do FAR [Fundo de Arrendamento Residencial] não consegue viabilizar as obras nestes municípios, onde se concentra parcela significativa do déficit habitacional. O investimento nos pequenos municípios é fundamental para geração de emprego e renda nas regiões mais carentes, especialmente Nordeste e Norte”, explicou o deputado

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.