Em tempos de desempregos em massa, ministro da economia justifica números fazendo comparativos com gestões passadas. Nessa semana, Paulo Guedes e pronunciou sobre a quantidade de trabalhadores demitidos ao longo da pandemia do covid-19. Com o registro de perda de 300 mil empregos formais, o representante alegou que o número ainda assim era menor que na gestão Dilma.
Desde o mês de março o Brasil vem vivenciando os efeitos do novo coronavírus. Além do grande número de infectados e mortes, outro ponto em alarme é o desemprego.
Milhares de marcas e pequenos negócios foram fechados. Medidas foram aprovadas pelo governo para legitimar o desemprego.
Com a chegada do fim do ano, cada vez mais se cobra da gestão federal um posicionamento quanto ao atual cenário. Projeções para o futuro, esperanças de melhoria, ações de incentivo a contratações, entre outras medidas estão sendo exigidas.
Disputa política
Em resposta, o ministério da economia não tem muito a dizer. Até o momento não foram liberadas medidas para fomentar o mercado de trabalho em 2021, mas Paulo Guedes justifica afirmando que o atual cenário ainda é menos negativo que em 2015/2016.
Em entrevista para demais representantes econômicos o ministro relembrou o governo Dilma, afirmando que na época de alteração dos impostos foram registrados cerca de 1,3 milhões de brasileiros demitidos.
“Na maior crise global, nós podemos terminar o ano com um terço ou um quarto dos empregos que foram perdidos nas recessões auto-impostas“, disse, referindo-se ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ele explicou ainda que nessa época, lá em 2015, haviam sido desativadas cercas de 650 contratações. Já em 2016 o número foi para 687 e novos 550 posteriormente. Ou seja, há 5 anos atrás o país demitida mais do que o apurado de 300 mil registrado apenas nos últimos 6 meses.
Comparação com o mercado americano
O gestor ainda fez uma comparação com o mercado de trabalho do EUA, afirmando que lá a perda foi de 30 milhões de empregos.
Questionado sobre as ações de seu governo, ele garantiu que há eficácia na administração da crise, alegando que o Brasil vem enfrentando o covid de maneira que considera ser bem razoável.