Governo reprova a extensão do seguro desemprego para cerca de 3 milhões de brasileiros. Após semanas de debates, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) informou que não poderá conceder as parcelas extras para os cidadãos desempregados em 2020. A proposta estava em análise entre os representantes políticos, mas foi negada diante da falta de orçamento público.
Com a chegada da crise econômica motivada pelo covid-19, o número de desemprego no país vem registrando uma das maiores altas de sua história.
Para poder minimizar os efeitos de tal situação, o Codefat sugeriu que houvesse um reajuste na quantidade de parcelas do seguro desemprego.
A ideia é que os trabalhadores tivessem acesso a mais duas rodadas extras. No entanto, a medida só seria válida para quem foi demitido sem justa causa entre os meses de março a julho. Inicialmente o governo teria aprovado, mas após uma análise orçamentária o projeto foi negado.
Quantas parcelas permanecem e qual o valor?
Diante de tais mudanças, muitos trabalhadores estão com dúvidas quanto ao valor final que lhe será concedido. Segundo as atuais regras do seguro desemprego, o cidadão tem direito entre três e cinco parcelas.
A definição exata leva em consideração uma série de fatores, como o tempo de serviço prestado, vezes que solicitou o benefício e valor dos últimos salários pagos.
- 03 parcelas se comprovar, no mínimo, 06 meses trabalhados;
- 04 parcelas se comprovar, no mínimo, 12 meses trabalhados;
- 05 parcelas a partir de 24 meses de trabalho.
Tabela do seguro desemprego 2020
Enquanto isso, o valor é calculado com base na média salarial das três últimas remunerações registradas em folha. Aplica-se o valor dessa média na seguinte tabela:
Faixa de salário médio | Forma de cálculo |
Até R$ 1.599,61 | Multiplica-se o salário médio por 0,8 (80%) |
De R$ 1.599,62 até R$ 2.666,29 | A média salarial que exceder a R$ 1.599,61 multiplica-se por 0,5 (50%) e soma-se a R$ 1.279,69 |
Acima de R$ 2.666,29 | O valor da parcela será de R$ 1.813,03 invariavelmente |
O valor mínimo a ser recebido é de um salário mínimo, o que atualmente equivale a R$1.045.
Extensão contemplaria milhares de pessoas
Caso tivesse sido aprovada, a extensão do seguro deveria ajudar cerca de 2,76 milhões de brasileiros, com o um custo total de R$ 7,3 bilhões para o governo federal.
De acordo com o projeto elaborado pelo Codefat, teriam acesso somente quem foi demitido entre 20 de março e 31 de julho de 2020, podendo receber até o mês de dezembro.