O Governo do Paraná lançou, na última segunda-feira (26), um programa de escolas cívico-militares no Estado. Foi regulamentada uma Lei que autoriza o projeto que transforma 215 unidades de ensino em colégios de tal cunho.
A gestão das unidades de ensino será de forma compartilhada. Nesse sentido, o Governo do Estado do Paraná entra com os professores da rede estadual de ensino para ministrar as aulas.
Em quanto isso, os militares ficarão responsáveis pelas áreas de infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares.
A organização será feita por um grupo que contará com um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares. O tamanho do grupo pode aumentar ou diminuir dependendo do tamanho da escola que vai receber o projeto.
“Esse programa será transformador para o Paraná. Para entregar a melhor educação do Brasil precisamos ampliar os projetos e trazer novas ideias”, afirmou o governador do estado, Ratinho Junior.
De acordo com Ratinho, a média das escolas cívico-militares no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é 20% maior do que na educação tradicional.
Quais escolas participarão do projeto de educação cívico-militar no Paraná?
Isso vai depender do voto da comunidade escolar. O processo de seleção já aconteceu. E o resultado será divulgado pelo governo do estado, juntamente à Secretaria de Educação, em breve.
Segundo o governo paranaense, “o levantamento do primeiro dia de votação da consulta pública dos colégios cívico-militares, fechado na manhã da última quarta-feira (28), aponta grande aceitação do novo modelo pela comunidade escolar. Dados preliminares indicam que 75% dos votos registrados são favoráveis à migração para a gestão cívico-militar. O número cresce entre pais e responsáveis, chegando a quase 90% de aprovação”.
A lista das escolas que podem ser transformadas em modelos cívico-militares pode ser conferida por aqui.
Como vai funcionar o projeto cívico-militar?
São 117 municípios que poderão participar do projeto de educação cívico-militar, o que representa a participação de mais de 129 mil alunos matriculados na rede estadual de ensino.
A proposta do governo é de ter “aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, para estudar leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. Os alunos vão estudar mais”, afirma o secretário estadual da Educação e do Esporte, Renato Feder.
Segundo o secretário, no Ensino Médio os alunos ainda contam com aulas de educação financeira.