Crise do INSS se agrava em regiões específicas do país. Nessa semana, uma reportagem da GHZ mostrou que há mais de 87 mil gaúchos esperando nas filas de atendimento do órgão. Para ter acesso aos números, o portal solicitou através da Lei de Acesso a Informação, no último dia 30 de setembro. Abaixo, entenda quais são os benefícios com o maior número em atraso e qual o posicionamento adotado pelo INSS para solucionar o caso.
Com a pandemia do novo coronavírus, as filas de atendimento do INSS voltaram a crescer absurdamente.
Depois de meses com as agências fechadas, a reabertura passou a ser realizada em setembro, mas ainda assim não se mostra o suficiente para suprir a atual demanda.
No país inteiro, são mais de 1,2 milhões de pessoas aguardando o atendimento, sendo cerca de 87,364 no Rio Grande do Sul.
Divisão por benefícios no RS
De acordo com o último levantamento realizado, cerca da metade dos pedidos são referentes a aposentadoria. Atualmente há aproximadamente 43.194 solicitações de acesso aos salários previdenciários.
Desse total, 28 mil aguardam ações no INSS e os demais há pendências de responsabilidade dos segurados como atualização de documentação. O maior número dentro da categoria é o de 25.607 para pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição.
Na sequência, há também filas enormes para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Mais de 3.088 gaúchos, acima de 65 anos, aguardam a aprovação para terem acesso ao salário de R$ 1.045.
Outras 30 mil pessoas aguardam ainda pela análise que conceda os benefícios por incapacidade. Desse total, 29.179 são de pedidos de auxílio doença. Já as pensões por morte, são aproximadamente 10.610 solicitações.
Pronunciamento do INSS
Questionado sobre tais números, o INSS gaúcho informou que está trabalhando para reduzir os prazos, mas é preciso ter paciência levando em consideração a atual realidade de pandemia.
Até o momento, foi informado que a diretoria está passando por processos de reestruturação no atendimento para melhor atender os segurados.
“Conforme esclarecimentos prestados pela área técnica da Diretoria de Atendimento do INSS, não há dados estruturados que permitam estimar prazo para atendimento dos pedidos que aguardam a análise de requerimento”, diz nota do instituto.