Nesta quinta-feira (01), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a pesquisa Pulso Covid-19 nas Empresas, com informações em relação a segunda quinzena de agosto de 2020.
De 3,4 milhões de empresas em funcionamento no Brasil nesse período, 37,9% disseram que a pandemia teve efeito pequeno ou inexistente em suas atividades. Já 33,5% apontaram efeito negativo e 28,6% disseram ter impactos positivos.
Segundo o IBGE, esse estudo mostra que empresas de todos os portes estão relatando uma melhoria na percepção de suas atividades durante a pandemia de Covid-19. A avaliação veio de Flávio Migheli, gerente da pesquisa. “Obviamente, isso está relacionado ao processo de flexibilização de atividades na economia”, pontuou.
Setores que foram afetados pela pandemia do Covid-19
O IBGE apontou que 43,2% das empresas do setor de serviços e 40,3% das empresas industriais foram afetados de forma pequena ou inexistente. As empresas de construção foram as que mais tiveram impactos negativos (40%), seguida por empresas de comércio (36%), ressaltando empresas do comércio varejista (39,7%).
A pesquisa apontou ainda que o efeito da pandemia foi positivo para 47,5% das empresas de comércio de veículos, peças e motocicletas.
A percepção nas vendas de produtos ou serviços em decorrência da pandemia foi pequena ou inexistente para 34,7% das empresas que foram consultadas pela instituição.
Nos estudos, 32,9% apontaram diminuição de vendas em meio à pandemia. Já 32,2% disseram que as vendas subiram. O aumento nas vendas foi notado por 40,3% das empresas de porte médio. O impacto nas vendas foi pequeno ou inexistente para 47,5% das grandes empresas, e para 34,6% das pequenas empresas.
Dados das vendas de acordo com as regiões do país
Migheli disse que o destaque positivo ficou com companhias das regiões Norte e Nordeste em melhora na percepção de vendas. Por regiões, o efeito de alta nas vendas na segunda quinzena de agosto foi percebido por empresas do Nordeste (58,6%), Norte (44%) e Centro-Oeste (40,5%). No Sul (40,6%) e Sudeste (36%), foi destaque os relatos de quedas nas vendas.