Paralisação dos Correios será julgada hoje (21); três resultados diferentes são esperados

Nesta segunda-feira (21), irá a julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) a paralisação dos Correios. Há alguns possíveis desfechos após a realização do julgamento. Saiba mais.

Paralisação dos Correios será julgada hoje (21); três resultados diferentes são esperados
Paralisação dos Correios será julgada hoje (21); três resultados diferentes são esperados (Foto: Google)

È válido lembrar que na sexta-feira (11), quando tentaram realizar uma audiência com o intuito de conciliar os representantes dos funcionários e a direção da empresa não tiveram um bom resultado e permaneceram sem nenhum acordo.

A relatora do processo e ministra Kátia Arruda , adiantou que o acordo que foi assinado ano passado que foi o estopim para os dois lados discordarem tem a possibilidade de sofrer mudanças. O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que o acordo coletivo deveria ser suspenso por causa da pandemia do novo coronavírus.

Uma das opções que pode ser seguida pelo TST seria manter algumas medidas que estão contidas no acordo, como por exemplo o custo de uma parte significativa do plano de saúde. Já o auxílio-creche para crianças que possuem até sete anos de idade e o bônus de Natal poderão continuar suspensas, com o argumento dos prejuízos causados pela pandemia do Covid-19.   

Pode ser possível também a decisão de manter suspenso o acordo coletivo por causa da crise econômica causada pela pandemia.

Os sindicatos já marcaram uma assembleia para as 19h de segunda-feira (21) para se reunirem e decidirem o que fazer diante da decisão que irá ser tomada pelo TST.

“Queremos também a manutenção da estabilidade no serviço público e estamos na luta para evitar a privatização dos Correios”, conta José Aparecido Gandara, presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect). “Temos mais de 200 deputados ao nosso lado em relação à oposição à venda da empresa”.

Se o TST decidir que o acordo coletivo deve ser suspenso, é bem provável que a greve continue.

A direção dos Correios afirma que o processo de privatização, do qual os sindicatos discordam, já está em andamento. “Concordo plenamente com a posição do governo de que o projeto de desestatização dos Correios precisa ser encaminhado ao Congresso”, contou o presidente da estatal, Floriano Peixoto, em entrevista à EXAME. “É preciso transformar os Correios em uma empresa moderna, eficiente e que respeite o consumidor”.

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