Números do seguro desemprego mostra um período de instabilidade no mercado nacional. Nessa semana, o ministério da economia liberou um balanço onde mostra que os pedidos do seguro desemprego somaram mais de 463.835 demissões apenas no mês de agosto. De acordo com o levantamento, a região mais afetada foi o Sudeste. Entenda.
Com a pandemia do novo coronavírus, muitas empresas precisaram fechar suas portas ou reorganizar seu quadro de funcionários para poder manter a folha de pagamento.
Desse modo, a primeira alternativa para boa parte foi cortar os gastos a partir da demissão de profissionais, resultando em um aumento nas solicitações do seguro desemprego.
Segundo o balanço, apenas em agosto, foram registradas cerca de 463.835 demissões. O número é 18,2% menor que o mesmo período em 2019 e 18,7% menor que o de julho deste ano (570.602).
No entanto, se avaliar o balanço por região percebe-se que há um agravamento de áreas específicas. Em São Paulo, por exemplo, mais de 138 mil profissionais foram afastados. Já em Minas Gerais o número foi maior que 51 mil, e no Rio de Janeiro foram cerca de 37 mil demissões.
Quantitativo por categoria
Do total de demissões, 40% foram feitas por mulheres e 59% por homens. Boa parde dos exonerados tinham entre 30 e 39 anos e passaram a contar com o auxílio do governo federal para manter as contas.
Nos setores econômicos, os números mostram que os serviços foram afetados em 43,2%, comércio 26,4%, indústria 14,7%, construção 9,7% e agropecuária 4,8%.
2020 com mais solicitações do seguro desemprego
Nos primeiros oito meses desse ano, houve uma alta de 7,5% na solicitação do seguro desemprego, somando mais de 4.985.057 demissões. Ano passado, neste mesmo período, o número era de 4.635.454.
O principal motivo do acréscimo, segundo o governo, é a pandemia do novo coronavírus. É importante ressaltar que, para minimizar tais impactos, criou-se novas formas de segurança para os contratos dos trabalhadores, permitindo desligamentos temporários enquanto o salário está sendo custeado pelos cofres públicos.
Até o fim do ano, espera-se que o número seja ainda maior, tendo em vista a permanência da pandemia.