Desde o início do mês, o serviços de delivery iFood está testando um novo modelo de realizar entregas. A nova opção será feita por meio de drones. Atualmente, as entregas da empresa são feitas pelos mais diversos meios de transporte: motos, bicicletas, patinetes e até mesmo a pé.
De acordo com a empresa, os testes de entregas por drones pelo país vão começar em outubro deste ano, na cidade de Campinas, em São Paulo.
O objetivo é fornecer ao cliente agilidade e segurança nas entregas. Com isso, os testes servirão para avaliar a eficiência da nova modalidade.
A marca já recebeu aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar os veículos aéreos não tripulados.
O tipo de licença liberado pela Anac para o funcionamento do serviço é inédito no Brasil. A empresa que vai operar os drones será a Speedbird tem licença para realizar as operações de entrega até agosto de 2021.
Como vai funcionar o delivery do iFood por drones?
Ao todo, serão instalados três pontos de pouso e decolagem, onde os entregadores estarão disponíveis para entregar os produtos dos clientes.
“Hoje um motoboy precisa entrar no shopping, estacionar, retirar a refeição e voltar, leva 12 minutos. O primeiro teste significa ter uma pessoa para coletar as refeições e levar até um drone. A comida sai desse ponto, mais próximo da área de alimentação, e vai até os entregadores. Vamos fazer isso de maneira mais rápida, em dois minutos e meio, levando mais de um pedido por voo”, explicou o vice-presidente de inovação e inteligência artificial do Ifood, Bruno Henriques.
Questionado sobre o valor total investido para realizar a operação, Henriques garantiu que se tratou de uma quantia que apresentará um maior lucro para a marca.
De acordo com ele, o custo de entrega de um shopping até o condomínio residencial em região próxima será similar ao envio aéreo.
“É o grande case na minha opinião, fazer voar longas distâncias o que hoje levaria bastante tempo […] Se der certo, o próximo prazo é cruzar a Rodovia D.Pedro. A beleza é que tudo regulado, como se fosse uma ponte Rio-São Paulo, com rota. Nossa expectativa é fazer os casos mais distantes se tornarem realidade”, contou.
Como fica a situação dos entregadores?
Segundo o iFood, não há possibilidade de que os entregadores sejam substituídos pelas máquinas. Os drones só irão percorrer parte do caminho do delivery, sendo o entregador o passo final da entrega.
As mudanças no aplicativo do iFood também não devem ocorrer. Nesse sentido, os usuários não podem escolher a opção de entregas pelo drone. A nova modalidade de entregas será selecionada automaticamente pelos algoritmos que analisam o trajeto.