Guedes quer investir recursos do Bolsa Família na prorrogação do auxílio emergencial

O presidente Jair Bolsonaro está resistente à uma revisão para a criar o Renda Brasil, ele não quer que o benefício do abono salarial seja extinto. Agora, o ministro da economia, Paulo Guedes está fazendo um estudo para prorrogar o auxilio emergencial em uma espécie de fase de testes para o novo programa social.

Guedes quer investir recursos do Bolsa Família na prorrogação do auxílio emergencial
Guedes quer investir recursos do Bolsa Família na prorrogação do auxílio emergencial (Foto: Google)

Esses repasses serão bancados por recursos que sobraram do Bolsa Família neste ano, já que a maior parte dos beneficiários migrou para o auxílio emergencial. 

Com essa estratégia, o governo vai conseguir lançar a primeira fase do Renda Brasil ainda neste ano sem arcar com os custos políticos de acabar com outros programas como o abono salarial, salário-família e seguro defeso.

A ideia que está sendo debatida é de passar a rebatizar os novos repasses do programa, já nos próximos meses.

Sendo assim, Guedes atenderia as ordens de Bolsonaro, que deseja uma solução alternativa até a próxima sexta-feira (4) para o programa.

O valor pago está sendo discutido, mas os técnicos do Ministério da Economia admitem que seja possível chegar perto dos R$300 como Bolsonaro deseja. 

O Renda Brasil vai substituir o programa Bolsa Família, que hoje faz a transferência de renda para pessoas em situação de extrema pobreza e pobreza.

Está estimado que o programa Renda Brasil custe aos cofre públicos cerca de R$52 bilhões, já o Bolsa Família custa cerca de R$30 bilhões ao ano. 

Neste novo desenho do programa, algumas regras vão ser alteradas, uma delas é rever a previsão de que mães chefes de família recebam o benefício em dobro.

Sendo assim, o público dessa fase de testes seria mais próximo ao do Renda Brasil definitivo.

Guedes esta com a ideia de criar uma narrativa para que, ao longo dos próximos meses, a discussão passe a ser em torno de reduzir o valor do Renda Brasil. 

Após isso, o discurso passaria a ser o de que a manutenção das regras atuais do abono salarial, por exemplo, significaria uma perda em um programa social que já estaria em vigor.

Por agora, os técnicos afirmam que não há o que fazer para garantir mais dinheiro ao novo programa no próximo ano.