Brasileiros terão que pagar ainda mais caro para ter acesso aos combustíveis. A partir desta quinta-feira (13), os preços do diesel e da gasolina serão reajustados em 2% e 4%. Os números foram informados pela Petrobras, sob a justificativa de retomada econômica para o setor. De acordo com o informe, o acréscimo será aplicado apenas nas refinarias, mas deverá alterar o valor final repassado pelos postos de gasolina.
Com a pandemia do novo coronavírus, o setor de combustível passou por um período de instabilidade e crise. No entanto, ao longo das últimas semanas vem retomando seu ritmo, resultando no sexto aumento consecutivo de alta no valor da gasolina e do diesel.
Há nove semanas seguidas os produtos vêm tendo seus preços alterados, o que significa um peso a mais no bolso do consumidor.
Mediante as alterações, o diesel será vendido nas refinarias por um preço médio de aproximadamente R$ 1,7336 por litro, sendo o maior aplicado desde o mês de março, quando o produto foi afetado pelas medidas de isolamento da pandemia. Já a gasolina, passará a ser comercializada por R$ 1,7213 por litro.
Somando todas as alterações realizadas desde o começo do ano, o diesel ainda registra uma queda de 26% e a gasolina de 10%, em comparação aos preços aplicados até dezembro de 2019.
Consumo da gasolina retoma seu ritmo
Pós um período intenso de isolamento social e paralisação das principais atividades comerciais, o consumo dos combustíveis está voltando a subir em todo o território nacional.
De acordo com a Raízen Combustíveis, braço do grupo Cosan, somente nessa semana o setor deverá recuperar todo o desempenho do segundo semestre. Ou seja, ficará alinhado aos números aplicados antes da crise da pandemia.
Ao divulgar as informações, a BR Distribuidora afirmou que “continua a observar uma gradual recuperação dos volumes vendidos, o que tem acompanhado a contínua retomada da circulação de pessoas”.
Reforçando os números, uma pesquisa da associação NTC&Logística mostra que, até o fim de julho, a demanda dos transportes rodoviários de cargas no Brasil já apresentava um desempenho superior ao mês de março, mesmo ainda sob medidas de isolamento social.