Segundo a Caixa Econômica, os trabalhadores que possuíam dinheiro no FGTS em 31 de dezembro do ano passado, vão receber em média R$45 relativos a distribuição de parte dos lucros do fundo de 2019. O dinheiro deve ser depositado nas contas até o final deste mês.
Cerca de 167 milhões de contas do Fundo, entre ativas que são de empregos atuais e inativas de empregos anteriores, vão receber o valor, segundo a Caixa. Cada trabalhador pode possuir mais de uma conta no fundo.
O conselho curador do FGTS aprovou na tarde de ontem (11), a distribuição de R$7,5 bilhões do lucro de 2019 para os trabalhadores, o que reflete 66% de todo o lucro. O dinheiro será disponibilizado de forma proporcional ao saldo das contas no final do último ano.
Com esta distribuição do FGTS, o rendimento anual do fundo atingirá 4,9%, porcentagem superior ao da inflação de 2019, que foi de 4,31%.
Desta forma, os trabalhadores terão ganhos reais. O percentual é referente ao rendimento anual do fundo (de 3% ao ano mais TR, que está zerada), somando à distribuição do lucro.
Com isso, o rendimento do fundo fica maior que o da poupança que é o investimento mais popular entre as pessoas, e que em 2019 rendeu 4,26%.
Presidente vetou que todo o lucro fosse distribuído
Em 2019, o lucro total do FGTS foi de R$11,3 bilhões, porém após uma decisão do conselho, somente uma parte deste montante foi distribuído para os trabalhadores.
Já o lucro de 2018, foi distribuído integralmente no ano passado. Através de uma medida provisória, Jair Bolsonaro autorizou que todo o lucro fosse disponibilizado para os trabalhadores.
Ao criar as novas modalidades de saque do FGTS, o governo chegou a colocar na MP que 100% do lucro do fundo seria distribuído. Porém, depois da aprovação da MP pelo Congresso, o presidente vetou esse trecho do texto.
Desta forma, permanece obrigatório que o conselho curador do Fundo determine todos os anos o lucro que será disponibilizado.
De acordo com o despacho do presidente que foi publicado no Diário Oficial da União para justificar os trechos vetados, um pedido do Ministério do Desenvolvimento Regional que fez com que o governo desistisse da medida, pois prejudicaria os recursos do Minha Casa Minha Vida.