Com a necessidade do isolamento social, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) irá iniciar seu semestre de forma remota. No entanto, para garantir que os alunos tenham acesso à internet, a instituição informou que estará disponibilizando cerca de 12 mil chips com franquia de serviços de dados móveis. A ação será destinada apenas para as pessoas de baixa renda, mediante um cadastro prévio.
Uma das principais críticas às aulas online nas universidades públicas é o fato de que parte dos alunos não possuem acesso direto a conexões e aparelhos eletrônicos.
Desse modo, visando resolver mediamente o problema, a Uerj estará dando chips de internet para os matriculados. Entretanto, o serviço não será ofertado para todos, havendo um critério para sua obtenção.
Como ter acesso ao chip
Poderá solicitar o chip aqueles alunos que forem de baixa renda e estejam devidamente matriculados nesse segundo semestre letivo.
Para isso, será preciso comprovar ter uma renda per capita de até dois salários mínimos, e assinar a Declaração de Vulnerabilidade Socioeconômica específica.
No caso dos cotistas e bolsistas, não será preciso passar por esse cadastro. Eles devem apenas solicitar o auxílio de inclusão digital, que terá uma duração de seis meses e pode ser renovado para o próximo semestre.
Se as aulas presenciais forem retomadas, a universidade terá o direito de fazer o cancelamento imediato para todas as operadoras.
Sobre as aulas remotas da Uerj
A decisão de adotar um semestre remoto foi informada nos últimos dias. O objetivo é evitar que os alunos atrasem seus cursos e também não permitir aglomerações nas filas dos vestibulares. Dessa forma, a reitoria dará início as atividades a partir do dia 14 de setembro, sendo todas online, mediante plataformas específicas.
— As aulas remotas, em plena pandemia, têm de chegar a todos. Não fazer nada seria fechar os olhos a uma realidade tão diversa. Muito me orgulha que a Uerj esteja sempre atenta a essas questões, se posicionando e promovendo ações que de fato democratizem o acesso de sua comunidade estudantil à educação — explicou a pró-reitora de Políticas e Assistência Estudantis, Catia Antonia da Silva.