Nesta terça-feira (16), a Caixa Econômica anunciou que vai operacionalizar a linha de crédito do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Além do banco público, algumas instituições financeiras privadas já sinalizaram que vão aderir logo ao programa estruturado pelo governo federal. Como, por exemplo, o Banco Bradesco e o Itaú Unibanco.
De acordo com o diretor executivo comercial responsável por Itaú Agências, Itaú Uniclass e PMEs, Carlos Vanzo, essas linhas são essenciais para os bancos nesse momento.
“Linhas como essa são fundamentais para irrigar a economia e ajudar companhias que têm necessidade de caixa”, disse.
André Rodrigues, diretor executivo responsável pelo banco de varejo, disse que ouviu críticas relacionadas à rentabilidade do crédito. “Independentemente de retorno, o foco é compor uma alternativa para as PMEs. No fim, todos saem ganhando”.
Outro banco que está se preparando para poder oferecer o crédito é o Bradesco. Segundo Leandro Diniz, diretor de empréstimos e financiamentos do banco, eles estão preparados para aderir ao Pronampe.
A linha emergencial de crédito trará a liberdade do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), voltada para empresas com faturamento anual entre 360.000 e 300 milhões de reais.
O Bradesco quer ter os sistemas já preparados para a linha do pronampe no final do mês de junho para julho.
Esse crédito tem taxa pós-fixada, Selic com mais 1,25%, a instituição precisou fazer ajustes nas suas plataformas e criar APIs para se integrar ao Fundo de Garantia de Operações, operacionalizado pelo Banco do Brasil.
Do mês de abril,até agora, o banco já liberou 16 bilhões de reais para pequenas e médias empresas em outras linhas de crédito.
O banco Santander, disse por meio de nota que está discutindo os detalhes com os órgãos participantes do processo “para adequar os fluxos de contratação destas operações”.
O pronampe possui linhas de crédito, que define um prazo de pagamento de até 36 meses, com oito meses de carência e taxa de juros ao ano.
Cada um dos CNPJ poderá receber um empréstimo total de até 30% de seu faturamento anual de 2019.
De acordo com a regra, cerca de 80% dos recursos serão destinados a empresas com faturamento anual de até 360 mil reais, e 20% para empresas com faturamento anual entre 360 mil reais e 4,8 milhões de reais.