Cidadãos de baixa renda salvam setor elétrico com ESTA atitude

Os dados divulgados sobre a arrecadação das distribuidoras do setor elétrico, mostram que as famílias de baixa renda utilizaram parte do que receberam no auxílio emergencial do governo para quitar seus débitos atrasados de contas de luz. As informações são de um representante da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Cidadãos de baixa renda salvam setor elétrico com ESTA atitude
Cidadãos de baixa renda salvam setor elétrico com ESTA atitude (Foto: Google)

Esta tendência foi observada no mês passado, quando o comportamento dos consumidores mais carentes foi diferente das outras classes de clientes das distribuidoras de energia, como as industrias e os órgãos do poder público que registraram um aumento considerável na inadimplência durante o mês de maio.

Com este movimento dos consumidores, a inadimplência entre os clientes das distribuidoras caiu bastante no mês passado e registrou 4,5% contra cerca de 10% em abril, de acordo com os dados divulgados pela agência reguladora.

O especialista em regulação da Aneel, Djane Melo afirmou em reunião da diretoria do regulador que em abril houve um crescimento no índice de devedores e no mês de maio, o índice caiu e ficou em um patamar similar ao registrado no mesmo período do ano passado.

“Podemos verificar que no mês de maio de 2020 houve um aumento da inadimplência em todos segmentos, com exceção do baixa renda… um dos fatores (para isso) é a repercussão da política pública implementada pelo governo. O auxílio-emergencial começa a apresentar repercussão no segmento de baixa renda”, acrescentou Diane, ao analisar os índices.

Diane destacou a “inadimplência negativa” que os clientes de baixa renda registraram em maio ao pagarem mais às distribuidoras do que o valor das faturas emitidas para eles no mês.

Segundo os os dados da agência, esses clientes mais pobres tiveram “inadimplência negativa” de 11,6% em maio, contra 13,75% de inadimplência no mesmo período de 2019.

Já entre os clientes residenciais fora dessa categoria, a inadimplência teve um aumento para 5,25%, contra 1,5% no ano passado.

Entre a indústria e o comércio a taxa de não pagamento subiu para cerca de 4,5%, contra inadimplência de -0,8% e -2% em maio de 2019.

Já os clientes do poder público, como órgãos de governo, registraram uma inadimplência de quase 8%, contra -3,3% do último ano.

O aumento nos pagamentos entre as famílias mais carentes coincidiu com o pagamento do auxilio emergencial do governo que aconteceu nos meses de abril e maio. O que justifica a preocupação desse público em quitar os débitos com o setor elétrico. 

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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