A partir desta quinta-feira (4), o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como o gás de cozinha, vai ser reajustado pela Petrobras. O aumento será de 5,3% em bases e refinarias de todo o país, de acordo com as fontes do setor de distribuição.
A Petrobras confirmou que esse reajuste será na ordem de 5%. Segundo a estatal, as mudanças no botijão de 13 quilos serão de R$24,08.
Apesar disso, destacou que o GLP é vendido a granel e por isso, o preço ao consumidor final depende das distribuidoras e revendas. Isto significa, considerar o valor de transporte, margem de lucro, estoque e todos os pontos aplicados pela revendedora.
Esse reajuste é o segundo que aumenta o preço do produto, já que no dia 23 de maio também houver um aumento de 5%.
Conforme cálculos realizados pela Petrobras, mesmo com esses aumentos o gás acumula queda média de 13,4% neste ano. Isso porque nos primeiros meses de 2020, os preços sofreram quatro reduções provocadas pela desvalorização do barril de petróleo no mercado internacional.
Os reajustes variam de acordo com as bases e as refinarias, por exemplo, na cidade paranaense de São Matheus do Sul, o aumento será de 8,3%. Enquanto em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o reajuste será de 4,7%.
O consumo residencial corresponde por cerca de 70% do mercado nacional de gás. Porém, mesmo tendo uma queda constante nos preços, ele é vendido para o consumidor na faixa de R$70.
Na semana de 24 a 30 de maio, o preço do botijão de GLP no país foi de R$ 69,45, de acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Por conta da pandemia causada pelo coronavírus no país, a procura para estocagem é uma das responsáveis das reduções não serem repassadas para o consumidor.
Os aumentos seguem a tendência de valorização do petróleo no mercado internacional. Depois dos preços do barril terem caído com a redução na demanda por causa da pandemia e aumento da oferta por uma disputa entre Rússia e Arábia Saudita, a commodity vem se valorizando nas últimas semanas com a retomada das atividades econômicas na Europa e na Ásia e a solução do impasse entre dois dos maiores produtores mundiais.