PIB do Brasil caí 1,5% e economistas temem nova rescessão

Diante da pandemia, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu 1,5% no 1º trimestre do ano quando comparado aos três primeiros meses do ano passado. A informação vem do IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) divulgada hoje. A porcentagem de queda representa somente os primeiros impactos econômicos trazidos pelo coronavírus e novamente o Brasil corre o risco de enfrentar uma nova recessão, já que para o 2º semestre, a estimativa de queda é ainda maior.

PIB do Brasil caí 1,5% e economistas temem nova rescessão
PIB do Brasil caí 1,5% e economistas temem nova rescessão (FOTO PAULO PINTO/AE)

O PIB é a somatória de todos os bens e serviços produzidos no país e é a base para medir o crescimento da economia.

Esta queda no PIB quebra a sequência de quatro trimestres contínuos de crescimento e registra o pior resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015, quando o índice foi de -2,1%. Desta forma, o PIB atinge um patamar parecido ao do segundo trimestre de 2012, de acordo com o comunicado do IBGE.

A queda registrada neste primeiro trimestre do ano, já era esperada pelo mercado e quebra uma um lento crescimento de três anos na recuperação da economia brasileira, que já apresentava certa perda de ritmo na virada do ano. Este lento crescimento ainda era distante do patamar anterior ao começo da recessão de 2014-2016.

Esta queda nos três primeiros meses de 2020, foi o primeiro resultado negativo do PIB registrado desde o fim de 2018, visto que o IBGE reviu os dados do 4º trimestre de 2018 para um recuo de 0,1%, ante leitura anterior de estabilidade.

Confira o gráfico

Variação do PIB trimestre a trimestre desde 2015 — Foto: Rodrigo Sanches/G1

Os responsáveis pela queda do PIB

O encolhimento da economia no primeiro trimestre de 2020, foi resultante sobretudo, pela recuada de 1,6% nos serviços. Este setor reflete 74% do PIB. Este foi o pior resultado do setor deste o 4º trimestre de 2008 quando registrou -2,3%.

O setor industrial também retraiu -1,4%. Já a agropecuária cresceu 0,6%, impulsionada pela safra da soja, que pode ainda este ano, bater recorde. As informações são do IBGE. A pesquisadora do IBGE disse que:

“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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