PONTOS CHAVES
- Governo Federal avalia a possibilidade de prorrogar pagamento do coronavoucher
- Novas parcelas terão reajustes de valores ficando inferior aos R$ 600
- Presidente Jair Bolsonaro se manifesta contra o novo pagamento
Auxílio emergencial será prorrogado? Nas últimas semanas, representantes do governo federal começaram a debater sobre a possibilidade de estender o coronavoucher. No texto inicial, da MP que válida o projeto, o pagamento só deveria ser feito em três parcelas. No entanto, sob a justificativa de que o país vivencia um período de crise histórica, alguns gestores defendem que a população deverá contar com novos acréscimos.
Entre os parlamentares que estão a favor da proposta, está o secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior. Nessa quinta-feira (28), ele se pronunciou a respeito, alegando que, apesar de caro, o projeto deverá ser mantido. Para isso, Rodrigues afirma que o Ministério da Cidadania precisará repensar um novo modelo de funcionamento, aplicando um reajuste de valores e também afunilando a quantidade de contemplados.
De acordo com ele, para custear esses primeiros três meses, os cofres da União precisaram desembolsar cerca de R$ 152 bilhões. A cada rodada, a Caixa Econômica Federal vem aplicando R$ 51,5 bilhões nas contas dos mais de 55 milhões de cadastrados.
O secretário lembrou ainda que, até o momento, o último pagamento está previsto para o mês de junho e por isso reforça que há uma necessidade dos demais parlamentares começarem a conversar sobre a possibilidade de renovação ou não.
Além dele, líderes partidários vêm se reunindo, na Câmara dos Deputados para estruturar uma nova proposta. A ideia, até o momento, é que sejam ofertadas uma quarta e até uma quinta parcela do auxílio emergencial, sendo essas com valores menores que os R$ 600 ofertados atualmente.
Veto do presidente
Questionado sobre o assunto, em um primeiro momento o presidente Jair Bolsonaro se manifestou contra. Segundo ele, novos pagamentos resultariam em prejuízos nos cofres da União que ainda precisam arcar com demais projetos de contenção da crise, como os reajustes dos impostos, liberações de financiamentos para empresários, entre outros.
Já na última semana, o chefe do estado amenizou a negatividade e disse que está pensando na possibilidade de estender mais duas parcelas, mas com valores bem mais inferiores ao que está sendo concedido atualmente. Ele afirmou que sua equipe econômica está avaliando os possíveis números e afirmou que informará a imprensa em breve.
“Haverá talvez um novo pagamento, mas não de R$ 600. O governo precisa fechar as contas, antes de ofertar dinheiro por aí”, afirmou em saída do Palácio da Alvorada.
De modo geral, até o momento não se sabe se o auxílio emergencial será prorrogado ou não. Informações sobre números de parcelas, valores e regras para os contemplados ainda não foram oficialmente publicadas.
Sobre o auxílio emergencial
Trata-se de um benefício ministrado pelo governo federal, que tem como finalidade ajudar a população durante a crise do novo coronavírus. O pagamento varia entre R$ 600 e R$ 1.200 e é ofertado para pessoas com renda mais baixa ou então trabalhadores que estão enfrentando dificuldades com o fechamento de empresas.
Para poder ser um beneficiário, o cidadão precisa se cadastrar por meio do app Auxílio Emergencial. Até o momento, já foram pagas quantias da primeira e da segunda parcela para os cadastrados no Bolsa Família e para quem solicitou o auxílio até 30 de abril.
Já os novos segurados, começaram a receber, na última segunda-feira (25) o montante equivalente a primeira rodada. Para eles, o cronograma se estenderá até julho, provavelmente.
Devolução para a Receita Federal
No caso dos cidadãos que tiverem informes de renda anuais superiores a R$ 28 mil no Imposto de Renda de 2021, haverá uma obrigatoriedade de devolver os valores das três parcelas do coronavoucher. Isso significa que o IRPF desse grupo, no próximo ano, contará com um repasse de R$ 1.800.
A decisão foi tomada pelo presidente, Jair Bolsonaro, ao editar a última versão da MP que regulariza o pagamento do auxílio.
Calendário de pagamento do auxílio emergencial em andamento
Segunda parcela em depósito
- Quinta-feira (21) – nascidos em março ou abril
- Sexta-feira (22) – nascidos em maio ou junho
- Sábado (23) – nascidos em julho ou agosto
- Segunda-feira (25) – nascidos em setembro ou outubro
- Terça-feira (26) – nascidos em novembro ou dezembro
Saque da segunda parcela
- Nascidos em janeiro: 30 de maio
- Nascidos em fevereiro: 1º de junho
- Nascidos em março: 2 de junho
- Nascidos em abril: 3 de junho
- Nascidos em maio: 4 de junho
- Nascidos em junho: 5 de junho
- Nascidos em julho: 6 de junho
- Nascidos em agosto: 8 de junho
- Nascidos em setembro: 9 de junho
- Nascidos em outubro: 10 de junho
- Nascidos em novembro: 12 de junho
- Nascidos em dezembro: 13 de junho
Segunda parcela do Bolsa Família
- 21 de maio: NIS 4
- 22 de maio: NIS 5
- 25 de maio: NIS 6
- 26 de maio: NIS 7
- 27 de maio: NIS 8
- 28 de maio: NIS 9
- 29 de maio: NIS 0
Primeira parcela para novo grupo
- Quinta-feira (21) – nascidos em março
- Sexta-feira (22) – nascidos em abril
- Sábado (23) – nascidos em maio, junho e julho
- Segunda-feira (25) – nascidos em agosto
- Terça-feira (26)- nascidos em setembro
- Quarta-feira (27) – nascidos em outubro
- Quinta-feira (28) – nascidos novembro
- Sexta-feira (29) – nascidos em dezembro