Socorro aos estados é liberado junto com congelamento dos salários de servidores

Nessa semana, o governo federal validou a proposta na qual aprova um pacote de socorro aos estados, durante a crise do novo coronavírus. De acordo com o texto, já publicado no Diário Oficial da União, serão ofertados R$ 60 bilhões para que os governadores administrem a pandemia em suas regiões. Além disso, haverá uma suspensão das dívidas nacionais para com os organismos estrangeiros, de modo que deixe o país em situação de inadimplência 

Socorro aos estados é liberado junto com congelamento dos salários de servidores (Imagem: Reprodução - Google)
Socorro aos estados é liberado junto com congelamento dos salários de servidores (Imagem: Reprodução – Google)

A medida determina que haja uma liberação de R$ 60 bilhões, sendo R$ 50 bilhões de uso livre e R$ 10 bilhões direcionados especificamente para a área de saúde. O valor deverá ser repassado entre os municípios e será dividido de acordo com a necessidade e índice de casos de cada cidade. Caberá aos governadores e prefeitos fazer o repasse entre suas gestões.  

Já no que diz respeito ao congelamento das dívidas com a União, a proposta sugere que o país fique, temporariamente, em débito com os organismos internacionais. A ideia é que pagamentos destinados a instituições como o Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) fiquem suspensas até o fim da situação de calamidade pública, em dezembro.  

No entanto, tais bancos já demonstraram insatisfação com a proposta, alegando que a mesma resultará em problemas econômicos para o mercado nacional. A ideia do governo seria que, os estados que estivessem em dívida, deixassem de pagar os valores que se tornariam de responsabilidade da União, na qual estaria isenta graças a validação do decreto.  

Contra partida do socorro aos estados   

No mesmo documento, Bolsonaro vetou o trecho que blinda servidores públicos como médicos e policiais do congelamento de salários imposto. A sugestão inicial era que os profissionais ligados ao poder público ficassem livre das cobranças e ainda tivessem acréscimos em seus pagamentos.  

No entanto, o presidente reprovou a proposta e determinou que todo o funcionalismo ficará inalterado até dezembro de 2021. Isso significa que quem for servidor público terá que lidar com o congelamento de salário até o próximo ano.  

Em defesa, o Ministério da Economia alegou que o entrave no contracheque dos servidores resultará em uma redução de R$ 130 bilhões a estados e municípios, necessária durante o período da crise.  

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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