Auxílio de R$600 é negado para cidadãos dados como MORTOS; entenda o caso!

Trabalhadores têm auxílio de R$600 negados sob a justificativa de que estão mortos. Nessa semana, uma reportagem especial do portal G1 apresentou a realidade de alguns autônomos, em São Paulo, que não puderem receber os R$ 600 do coronavoucher por erros da Dataprev. De acordo com o texto, os cidadãos ao verem que o benefício tinha sido negado, procuraram informações na Caixa Econômica que os informou que seus CPFS estão invalidados por registro de óbito.  

Auxilio de R$600 é negado para cidadãos dados como MORTOS; entenda o caso! (Imagem: Reprodução - Google)
Auxilio de R$600 é negado para cidadãos dados como MORTOS; entenda o caso! (Imagem: Reprodução – Google)

Entre os entrevistados, estava a depiladora Juacira Pereira. Na reportagem, ela explica que solicitou o auxílio assim que a medida foi anunciada pelo governo. Conforme determina as exigências da MP, a paulistana acessou o app do Auxílio Emergencial e fez seu cadastro. Em alguns dias obteve a resposta e viu que o pedido foi negado.  

Juacira explicou que, por saber que estava dentro de todas as regras solicitadas pelo ministério da cidadania, se dirigiu até a Caixa Econômica (instituição pagadora) para saber o porquê seu benefício tinha sido negado. Ao ter contato com a atendente, ela foi informada de que estava registrada como morta. 

“Tentei várias vezes e na última vez apareceu que eu estava morta. Fui na Caixa para resolver e eles me mandaram procurar o Dataprev. Eu ligo todo dia para o Dataprev mas ninguém me atende. Estou conseguindo comer por causa da ajuda dos meus irmãos, mas preciso comprar remédios porque tenho glaucoma”, afirma Jaucira. 

O mesmo ocorreu com Valdeci da Silva, de 60 anos. Dono de um bar no interior do estado, ele solicitou o auxílio ainda no mês de abril e teve a liberação negada. O empreendedor explica que precisou passar horas na fila da Caixa, sujeito aos riscos do covid-19.  

Mediante aos congestionamentos na instituição, Valdeci foi aconselhado a ir até o Correio e lá, ao consultar seus documentos, foi informado de que não havia irregularidade e ele deveria retornar ao banco, no qual insistia que seu CPF estava registrado como falecido.  

Respostas sobre o bloqueio no auxílio de R$600

Questionada sobre tal situação, a Caixa Econômica se isentou da responsabilidade e afirmou que apenas libera os valores. De acordo com o banco, a determinação de quem tem acesso ou não ao benefício e os demais processos de análise é de responsabilidade da Dataprev 

“Se o resultado for ‘benefício não aprovado’, o cidadão poderá contestar o motivo da não aprovação ou realizar a correção de dados por meio de nova solicitação”, informou sua assessoria. 

Já a Dataprev, empresa pública responsável por analisar os dados de quem solicitar o auxílio, alegou que os trabalhadores poderiam ter informado a numeração do CPF errado, como o de algum parente falecido.  

“Sugerimos que os requerentes se dirijam aos cartórios, onde registraram certidão de óbito na família para verificar se o CPF não foi inserido erroneamente no documento”. 

 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.