Investimentos: com Selic a 3% veja quando vale a pena aplicar na renda fixa

Investidores devem prestar atenção antes de realizarem suas aplicações. Com a crise do coronavírus, o Banco Central vem realizando uma série de reajustes nas taxas básicas de juros (Selic). A tarifa, utilizada para determinar o funcionamento da economia, está vivenciando a menor queda de sua história, atualmente fixada em 3% ao ano. Mediante a essa situação, muitos questionam-se se o momento é oportuno para investimentos na renda fixa. No artigo abaixo, explicamos como funciona a modalidade. 

Investimento: com Selic a 3% veja quando vale a pena aplicar na renda fixa (Imagem: Reprodução - Google)
Investimento: com Selic a 3% veja quando vale a pena aplicar na renda fixa (Imagem: Reprodução – Google)

A renda fixa é considerada como um dos principais investimentos do mercado. Por meio dela, o percentual da caderneta de poupança tende a ficar mais rentável, fazendo com que as aplicações obtenham valores maiores.  

No entanto, com a queda da Selic, os fundos da renda fixa e suas taxas de administração estão com variações a partir de 0,5%, fazendo com que a cobrança fique um pouco mais elevada.

Atualmente, o investidor que aplicar, por exemplo R$ 10 mil no período de um ano, conseguirá um retorno de apenas R$ 210 (2,1%), tendo em vista que as taxas de juros estão negativadas.  

Opinião dos economistas sobre investimentos 

Dentro dessa realidade, os economistas e analistas das bolsas, afirmam que ainda é melhor optar por uma opção de renda fixa, visto que o risco da perda é menor em comparação a demais investimentos mais arrojados.  

— Daqui pra frente, o importante é pensar na segurança. Mesmo com a Selic baixa, ficando perto do patamar da inflação, é importante preservar o valor aplicado neste momento. As incertezas pedem pela manutenção do poder de compra e a preservação do patrimônio, e quem oferece isso é a renda fixa — pontuou Oliveira, da Anefac. 

Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama, reforça que, mesmo em um cenário de instabilidade econômica e maior queda na taxa de juros, a renda fixa sempre deve ser o ponto de partida do investidor. 

— A parcela da renda fixa não morre porque ela é a base de toda a carteira. É ela quem garante o colchão de emergência, dado que é um investimento com alta liquidez (facilidade para resgatar o dinheiro). 

De acordo com ela, o investidor deve pesquisar bem pelas opções disponíveis dentro da própria renda fixa e só assim realizar suas aplicações. A especialista explica que as variações da Selic devem levam em consideração também as taxações do imposto de renda, letras e crédito e mais.  

— Com os juros baixos, é hora de diversificar dentro da própria renda fixa, seja em títulos públicos ou crédito privado. Nos últimos dois meses o mercado ficou muito desfuncional. Agora, em maio, com um ajuste na renda fixa, é um momento de oportunidade para quem quer investir no segmento.