Nesta quinta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai vetar o trecho do projeto de ajuda aos estados que abre a possibilidade de reajuste salarial para as diversas categorias de servidores públicos, mesmo em meio à pandemia causada pelo coronavírus.
Inicialmente, a versão do projeto previa a ajuda financeira da União a estados e municípios, mas em contrapartida previa que o salário dos servidores fossem congelados.
No período de tramitação no Congresso, parlamentares incluíram no texto categorias que poderiam ter o reajuste. O projeto foi aprovado nesta quarta-feira (6).
Antes de Bolsonaro afirmar que vai vetar o trecho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia dito que sugeriria o veto.
“O que nós decidimos? Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. E não é de maneira cega, não. É de maneira consciente e com razão. E se ele acha que deve ser vetado, esse dispositivo, assim será feito. Nós devemos salvar a economia, porque economia é vida”, disse Bolsonaro.
O ministro Paulo Guedes defendeu que o funcionalismo público vai ficar sem aumento salarial até dezembro de 2021.
Para o ministro, essa medida vai ajudar o país a passar por essa crise que foi gerada pela pandemia do coronavírus.
“Eu estou sugerindo ao presidente da República que vete, que permita que essa contribuição do funcionalismo público seja dada, para o bem de todos nós”, afirmou Guedes.
Segundo o deputado Victor Hugo (PSL-GO), Bolsonaro deu o aval para incluir no projeto as categorias que poderiam ter aumento salarial. Entre elas, estão policiais e profissionais de saúde.
“Eu, deste plenário, liguei para o presidente da República e me certifiquei de que essa era a melhor solução. E o presidente, 22h de ontem [terça-feira] falou: Victor Hugo, faça dessa maneira e vamos acompanhar para privilegiar esses profissionais que estão efetivamente na ponta da linha. E assim aconteceu”, afirmou o deputado.
Conforme o projeto, os servidores que não sofreram com congelamento dos salários são:
- funcionários públicos da área da saúde;
- funcionários públicos da área de segurança;
- militares das Forças Armadas;
- servidores da Polícia Federal (PF);
- servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
- guardas municipais;
- trabalhadores da educação pública como os professores;
- agentes socioeducativos;
- profissionais de limpeza urbana e de serviços funerários;
- profissionais de assistência social;
- servidores das carreiras periciais, como os peritos criminais.