Com a pandemia do novo coronavírus é de se esperar uma grande taxa de desemprego no país, tendo em vista a situação atual que inclui incertezas diversas por parte da população e empresas. Mas, nos últimos três meses de 2020, antes mesmo da crise começar o índice já assustava.
Foi divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) que detalha que a taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,2% no 1º trimestre.
Em números, neste período 12,9 milhões de brasileiros estavam desempregados. Quando comparado ao último trimestre, o resultado representa uma alta de 1,3 ponto percentual (p.p).
A busca por um emprego cresceu logo no início da crise, que foi em março no país. A taxa representa o maior índice registrado desde o trimestre encerrado em maio do ano passado. Mas quando comparado ao mesmo período de 2019 ainda há uma queda de 0,5 p.p.
Apesar de ser alto, a previsão era de uma taxa maior, sendo de 12,5% no período. E quando observada a população brasileira que está ocupada, no qual teve um recuo de 2,2 milhões, o que representa uma queda de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
De acordo com o IBGE este foi o maior recuo da da história. Anteriormente, a maior queda registrada até então havia sido no primeiro trimestre de 2016, quando foi de 1,7% (1,6 milhão de pessoas a menos).
Já o número de empregados sem carteira assinada caiu 7% (menos 832 mil pessoas) em comparação ao trimestre anterior. Também é o índice de maior queda em toda a história. O impacto é em todas as atividades operacionais ou não. Veja o número de perdas:
- Veículos automotores e motocicletas: -3,5% ou menos 628 mil pessoas;
- Construção: -6,5% ou menos 440 mil pessoas;
- Serviços domésticos: 5,9% ou menos 376 mil pessoas;
- Indústria: -2,6% ou menos 322 mil pessoas;
- Alojamento e alimentação: -5,4% ou menos 308 mil pessoas;
- Outros serviços: -4,1% ou menos 211 mil pessoas.
Já a população fora da força de trabalho chegou a 67,3 milhões, representando uma alta de 2,8% (mais 1,8 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior. É mais um recorde histórico desde que houve a modificação.