Dólar bate alta recorde após demissão de Moro

Nas últimas semanas a comercialização de moedas em todo o mundo tem obtido olhares especiais. Mediante a pandemia do novo coronavírus, as incertezas no mercado fazem valores dispararem. No Brasil, além da pandemia, questões ligadas às instabilidades políticas fazem com que as moedas alcancem índices recordes, a exemplo do dólar. Nesta sexta (24) a moeda americana mais uma vez operou em alta.

Dólar bate alta recorde após demissão de Moro (Montagem/FDR)
Dólar bate alta recorde após demissão de Moro (Montagem/FDR)

De acordo com as análises, motivadas pela demissão do ministro da Justiça, Sérgio Moro, nesta sexta, o dólar disparou e às 14h52 era vendido a R$ 5,7244, o que representa um crescimento de 3,54%. Na máxima até o momento, chegou a R$ 5,7469 – novo recorde intradia.

Nesta quinta, o dólar já havia apresentado altos índices, provocados pelos ruídos políticos. Com isso, encerrou o dia em alta de 2,21%, a R$ 5,5285, novo recorde nominal de fechamento.

Mas nesta sexta, teve um aumento surpreendente. Quando observado a Bovespa, há também uma forte queda. No ano de 2020, o dólar acumula alta de mais de 42%.

Variações do fechamento do dólar no Brasil

Dólar Comercial variação Data
R$ 5.7319 3.558% 24/04/2020
R$ 5.53497 1.405% 23/04/2020
R$ 5.4583 2.665% 22/04/2020
R$ 5.3166 -0.001% 21/04/2020
R$ 5.31667 1.545% 20/04/2020
R$ 5.2358 -0.021% 19/04/2020
R$ 5.23692 0.052% 18/04/2020
R$ 5.2342 -0.031% 17/04/2020
R$ 5.23581 -0.051% 16/04/2020

 

Influências de debates políticos

Entendendo as questões ligadas as preposições e decisões políticas, as moedas e mercado financeiro tendem a seguir com preocupação quando cenário político no país também está instável.

Sergio Moro pediu demissão de seu cargo, nesta sexta (24), motivado pela publicação, no “Diário Oficial” desta sexta-feira (24) da exoneração do delegado Maurício Valeixo, que ocupava o cargo de ex-diretor-geral da Polícia Federal.

Segundo o agora ex-ministro, o presidente Jair Bolsonaro quer “colher” informações dentro da PF, como relatórios de inteligência. Sendo assim, escolheu para ocupar o cargo uma pessoa de sua interlocução.

Mouro justifica que pede uma justificativa para a exoneração do profissional. Com todos esses impasses, o mercado reagiu de forma negativa. Isto porque Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população.

Esta saída de Moro coloca em evidência que o time de ministros mais queridos pelos brasileiros, formado por ele e Guedes. A presença do ministro da economia, Paulo Guedes,

A saída conturbada de Moro do governo alimenta também preocupações sobre o futuro do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo.