Pró Brasil é o nome do plano de retomada da economia apresentado por Jair Bolsonaro, e que vai ficar a cargo do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. O plano é sustentado na reativação de obras públicas utilizando recursos do Tesouro, com o objetivo de reprimir um grande aumento no desemprego.
A duração deste programa deve ser de 10 anos e foi inspirado no “Plano Marshall”, que foi executado nos Estados Unidos e que tinha o objetivo de recuperar os países aliados após a Segunda Guerra Mundial. A ideia apresentada, enfrenta certa resistência vinda do Ministério da Economia, capitaneado por Paulo Guedes.
O programa foi apresentado na tarde de ontem (22), por Walter Braga e contou com a presença de Tarcísio de Freitas que também é militar.
Walter diz que “não é um programa só de governo, é de Estado. A nossa previsão de trabalho deste programa está em um universo temporal de dez anos, até 2030. Estamos pensando a longo prazo”.
Considerando somente o âmbito do Ministério da Infraestrutura, a estimativa é que o pacote represente cerca de R$ 30 bilhões destinados aos investimentos públicos para a volta ao trabalho de cerca de 70 obras que foram paradas ou sendo feitas com a capacidade mínima. Entre elas, estão rodovias, ferrovias e terminais portuários.
Paulo Guedes esteve presente na reunião ministerial, mas não esta de acordo com as ideias propostas que visam retomar as obras com investimento público. Ele afirma que as contas do governo estão no limite e que não é possível uma nova rodada de gastos.
Na reunião ministerial a análise apresentada pelos que defendem o plano, argumenta que a crise causada pela pandemia do coronavírus vai se estender para o próximo ano e que será necessário reestudar a atual política de ajuste fiscal. No ministério da Infraestrutura é estimado que as obras possam contratar entre 500 mil e 1 milhão de empregados nos próximos três anos.
Paulo Guedes pensa diferente e quer estimular a atividade econômica com concessões de crédito, através de saídas de mercado para resolver o impasse que envolvem as garantias para que empresas de todos os portes possam acessar instituições bancárias público e privadas em busca de linhas de crédito.
Porém, os auxiliares do governo argumentam que a proposta de Guedes não será eficaz para gerar empregos no curto prazo, algo considerado de extrema importância para aliviar os estragos econômicos causados pelo coronavírus.