Salário mínimo de 2021 vira pauta no Congresso. Nessa quarta-feira (15), o governo federal informou que está estruturando o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo ano. De acordo com a equipe econômica, o piso nacional deverá ter um acréscimo de R$ 34, ficando acima da média estipulada pela inflação.

Apesar do anúncio, a medida ainda não é oficial e poderá ser alterada ao longo dos próximos meses. Trata-se apenas de um estudo inicial, que tem como finalidade avaliar o desenvolvimento financeiro do país durante 2021.
Leia também: Salário mínimo de 2021 deve crescer R$4,70 a menos com nova inflação
Caso seja aprovada, a proposta permitirá uma base de R$ 1.045 por trabalhador. É válido ressaltar que, o valor também é utilizado para medir a quantia de benefícios sociais, como aqueles ofertados pelo INSS, seguro-desemprego e mais.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), serão mais de 49 milhões de brasileiros com suas rendas reformuladas.
Prospecção para os anos seguintes
Além de avaliar os valores de 2021, a equipe também fez um cálculo médio para o ano de 2022, onde o salário mínimo ficaria em torno de R$ 1.120. Já em 2023, o pagamento estaria fixado em R$ 1.160.
De acordo com a Constituição, o piso deve ser atualizado anualmente, levando em consideração a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), contabilizado nos últimos 12 meses.
Reajuste do salário mínimo de 2021 sem acréscimo real
Apesar de ser atualizado, se o valor estimado para 2021 permanecer apresentando o cálculo básico deste ano, os trabalhadores não terão aumentos reais em seus orçamentos. Isso porque, a correção levará em conta apenas os números do INPC, sem propor margens de acréscimo.
Leia também: Dívidas com os bancos poderão ser renegociadas com prazo maior!
Esse ano, o governo do presidente Jair Bolsonaro, já adotou uma proposta delimitando o valor do pagamento. Com o salário mínimo (atual) em R$ 1.045, os brasileiros não sentiram os impactos positivos da correção.
Ao reduzir as oportunidades de acréscimo do salário mínimo de 2021, o poder público acaba por minimizar suas despesas, tendo em vista que os benefícios previdenciários são de sua responsabilidade. De acordo com o ministério da economia, a cada R$ 1 acrescentado, o cofre da união precisa financiar cerca de R$ 355 milhões.