Juros mais baixos podem movimentar o setor imobiliário. Com a crise econômica motivada pelo Covid-19, a Taxa Selic vem registrando a maior baixa da história. Atualmente, seu valor está em 3,7% alcançando uma marca jamais registrada. Segundo especialistas, apesar de ser um período de instabilidade econômica, a variação representa uma ótima oportunidade para aqueles que desejam dar entrada no financiamento de um imóvel.
De acordo com os analistas da Donno Imóveis, a redução na queda de juros apresenta uma influência positiva para o setor, tendo em vista que a compra de novos terrenos torna-se mais atrativa. Eles explicam que, quanto menor for a tarifa, maior será a facilidade para ter o empréstimo aceito.
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“Segundo a Abrainc, cada 1% a menos na taxa de juros de financiamento, mais de 2,8 milhões de pessoas podem comprar imóveis. Como a Selic impacta diretamente a taxa de financiamento imobiliário, sua queda torna mais fácil comprar a casa própria”, afirmou o grupo.
Como funciona a taxa Selic
Ela é utilizada para definir diversos pontos importantes na economia brasileira. São por meio de seus números que define-se os valores de juros, rotativo, cartão de crédito, financiamento imobiliário, rendimentos de investimentos de Renda Fixa e empréstimos pessoais.
A matemática é básica, quanto menor for a Selic, mais baratos ficarão os serviços financeiros.
A estatística também é utilizada pelos bancos para poder definir os valores de seus títulos de investimento ou letras de crédito (utilizadas para o setor imobiliário).
Por meio dela, as instituições conseguem aplicar as tarifas validadas nos contratos de seus clientes. Isso significa que, se a Selic subir, o banco precisa solicitar mais recursos para a CDI, tornando seus serviços mais caros.
“O oposto é verdadeiro também: quando a Selic cai, o CDI cai e o dinheiro do banco fica mais barato. Por isso, ele pode baixar os juros para dinamizar as operações e financiar mais imóveis”.
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Mediante ao atual cenário, os especialistas defendem que, quem tiver oportunidade, deve aproveitar a situação para investir. Trata-se de uma negociação positiva que acarretará uma lucratividade ainda mais alta no futuro.
“É o que temos visto. Muitos financiamentos estão ficando mais baratos nos últimos meses, reflexo da queda de juros da Selic. Isso acontece porque há sempre concorrência entre os bancos pelos financiamentos. Se um banco diminui a taxa, os outros precisam reduzir também ou perderão contratos futuros”, expõe o especialista.