Preocupado com uma possível demissão em massa pelas empresas diante da pandemia do coronavírus, o governo está criando medidas para atenuar esta situação. Paulo Guedes, Ministro da economia, informou que será disponibilizado R$51 bilhões para complementar salários de trabalhadores com jornada reduzida. A regra para receber é clara: manter os empregos.
Anteriormente, o governo já tinha anunciado que estudava fazer a complementação salarial, como uma das medidas de amenização dos impactos econômicos trazidos pela pandemia. Uma medida provisória que trata de ações nas áreas de trabalho e emprego, deve ser enviada ao congresso até hoje (2), segundo o Palácio do Planalto.
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Paulo Guedes afirmou que “são R$ 51 bilhões do nosso programa trabalhista que dão às empresas várias possibilidades, como reduzir jornada em 20%, 25%, 30% e o governo cobre essa diferença de salário. Se a empresa está com dificuldade e quiser reduzir [a jornada e os salários] 20%, 25%, 30%, o governo paga. Estamos pagando às empresas pra manterem os empregos”.
O ministro aproveitou a ocasião para relembrar uma outra medida, que trata de uma linha de crédito (com 85% de garantia do Tesouro Nacional) que chega até R$40 bilhões para que as empresas arquem os salários de seus funcionários.
Ele soluciona a falta de caixa para pagar os outros 70% faltantes do salário do trabalhador, com a possibilidade de requer crédito do governo. Na soma dos incentivos o total chega a R$200 bilhões, o que representa 2,6% do PIB brasileiro nos setores de saúde e manutenção de emprego.
Voucher de ajuda do Governo
O voucher de ajuda de R$600 para os trabalhadores informais, que são os profissionais mais atingidos pela pandemia, e que recentemente foi ampliada para atender também os microempreendedores individuais (MEIs), englobaria um total de R$98 bilhões.
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Até o o momento, o valor revelado pela área econômica era de R$45 bilhões. Guedes disse que os valores beneficiarão 54 milhões de brasileiros.
Também estão inclusos os inscritos no Bolsa Família, beneficiados com o BPC, pais solos e mães adolescentes. Para homens e mulheres que sustentam sozinhos suas famílias o valor pode chegar a R$1,2 mil.