Dólar aponta para crise com casas de câmbio em desespero

Os efeitos do coronavírus tem virado motivos de dores de cabeça para os proprietários de casa de câmbio no Brasil. A crise, ocasionada pela pandemia, está resultando no fechamento de centenas de unidades e demissão em massa dos funcionários. Para esse mercado, o principal agravante vem sendo as variações do dólar, que na modalidade de turismo já despencou em mais de 95%, segundo a Associação Brasileira de Câmbio (Abracam).

Dólar aponta para crise com casas de câmbio em desespero (Imagem: Reprodução - Google)
Dólar aponta para crise com casas de câmbio em desespero (Imagem: Reprodução – Google)

A instituição alega que, com os cancelamentos de voos internacionais e modificações nas operações de importação e exportação de câmbio, deve haver uma queda de mais de 35% para esse setor.

Segundo a presidente da Abracam, Kelly Massaro, o mercado não deverá se sustentar por mais de 15 dias, caso o cenário mundial permaneça paralisado.

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Considerado uma das maiores marcas de câmbio de turismo, o banco Daycoval já fechou mais de 150 unidades e demitiu centenas de funcionários. Ao todo, a marca está operando apenas com 30 lojas físicas e avalia a possibilidade de redução ainda nas próximas semanas.

Segundo Eduardo Campos, diretor da Dayocoval, a queda de faturamento tornou-se inevitável. Nesse momento, o que o setor vem fazendo é tentando manter-se de pé a espera de possíveis melhorias na economia mundial.

Trata-se de um período de incertezas e escuridão, que poderá resultar no desemprego de milhares de pessoas.  “A gente vem mantendo os salários dos funcionários, mas não sabemos até quando”, lamentou o empresário.

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Campos explicou que, com a chegada do coronavírus, o modo de operação do setor mudou completamente. Anteriormente a pandemia, a marca operava em 90% de venda e 10% de recompra.

No entanto, os números foram completamente invertidos, graças ao cancelamento das viagens para países estrangeiros. “A gente precisava importar moeda para atender o público do Brasil, agora a gente exporta”, declarou.

Com o dólar muito abaixo do custo de mercado, a marca está revendendo a moeda para seus clientes com valores que ficam aproximadamente até 2% inferior a sua versão comercial, o que não acontece em períodos normais, explica o empresário.

 Em uma situação normal, o dólar turismo é sempre 2% a 3% mais caro que o comercial. Mas, com os clientes vendendo, caiu tanto o preço de compra quanto o de venda”, afirmou Campos.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.