Mais um efeito do coronavírus vem afetando a vida dos brasileiros. Em São Paulo, os moradores estão encontrando dificuldade para comprar botijão de gás de cozinha. O setor vem enfrentando uma crise, resultando na falta e encarecimento do produto. O valor, por unidade, está variando entre R$ 80 e R$ 90, ficando mais alto do que o cobrado antes da pandemia.
No aplicativo de distribuição, os paulistanos que estão tentando solicitar o produto são informados de que, devido à alto demanda, há revendedores sem estoque.
Já nas unidades presenciais, a venda precisou ser paralisada pelo fechamento das atividades comerciais, devido ao isolamento social.
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Questionado sobre a situação, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou que, nos próximos 4 dias o estado será reabastecido. Para isso, foram solicitados reforços argentinos, que irão enviar gás o suficiente para encher cerca de 1,6 milhões de botijões.
Mediante a situação, a organização pediu também que, os moradores solicitassem apenas a quantidade necessária para seguirem suas rotinas. Segundo ela, há um número considerável de pessoas que estão comprando mais do que o necessário, fazendo com que outra parcela da população fique descoberta.
Sistema de distribuição de gás de cozinha em alerta
Na nota oficial, a Sindigás ainda reforçou que a pandemia não modificou o fluxo de reabastecimento nas cidades paulistanas. No entanto, o número de demandas vem crescendo gradativamente, fazendo com que os estoques do produto acabe mais rápido.
“O atraso (no abastecimento) é resultado do aumento da procura pelo produto devido à pandemia da Covid-19. Não houve redução no fluxo de entrega do produto considerando uma demanda normal. O que ocorreu foi uma leve antecipação de compras por consumidores preocupados com a pandemia e o isolamento social.”
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Além disso, o texto informou que, com o isolamento social, as pessoas estão reformulando seus hábitos e passando mais tempo em suas casas, isso faz com que haja um maior consumo e resulte no aumento de pedidos.
Aumento dos preços
Quanto o encarecimento por unidade, o sindicado informou que segue mantendo a orientação de que os preços devem seguir a tabela fixada. Porém, há um aproveitamento por parte dos revendedores que, mediante a alta demanda, subiram os valores.
“A Ultragaz enfatiza que não admite a prática de preços abusivos e vê como essenciais à garantia das boas práticas do mercado as ações de fiscalização que vêm sendo tomadas pelos organismos de controle, especialmente o Procon”, finalizou.